O site do Ministério da Cultura também foi alvo de um ataque virtual na manhã desta sexta-feira, segundo informou a assessoria de imprensa da pasta.A página apresentou instabilidade por um curto período e técnicos do ministério identificaram uma sobrecarga de acesso originário de apenas um IP.
A assessoria diz ser possível que a sobrecarga, incomum para o horário, seria uma tentativa de retirar o site do ar, mas que, após detectado, o ataque foi neutralizado e a página voltou ao normal.
Desde a madrugada de quarta-feira (22) sites do governo tem sido alvo de uma série de ataques, fazendo com que alguns deles ficassem fora do ar por algumas horas.
Na madrugada desta sexta-feira (24), um novo ataque tirou do ar o site do IBGE e uma mensagem foi postada no endereço virtual. A página apresentou o título "IBGE Hackeado – Fail Shell" escrito no topo e uma foto de um olho humano com a legenda "Ordem e Progresso" inserida sobre a pupila.
Após grupos de ativistas responsáveis pelos maiores ataques a redes de computador registrados no mundo anunciarem mais ataques a sites, a página do Senado, da Presidência e do Ministério dos Esportes saíram do ar na quinta-feira (23).
O do Senado e o da Presidência voltaram no mesmo dia, e a assessoria do Ministério dos Esportes informou que técnicos de informática da própria pasta decidiram tirar seu site do ar para fazer uma "varredura" após os ataques.
O Serpro (Serviço de Processamento de Dados), que hospeda os sites do governo federal, classificou o ataque como o maior já enfrentado pelo governo brasileiro,mas, segundo o órgão, não houve vazamento de informações.
O grupo que assumiu a autoria dos ataques aos sites do governo se apresenta como LulzSecBrazil e atua como célula do LulzSec, grupo que na semana passada atacou o site da CIA, a agência de espionagem americana.
Os ativistas do LulzSecBrazil atuaram junto a um grupo chamado AnonBrazil, associado ao Anonymous, a quem é atribuído um ataque que há duas semanas derrubou o site do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Folha Online