A Polícia Federal não quis divulgar os nomes dos sete presos na Operação Gasparzinho, deflagrada hoje de manhã na Paraíba e em São Paulo para desarticular uma organização criminosa que fraudou licitações no Estado movimentando um total estimado de R$ 23 milhões em três anos. O delegado Alexandre Isbrola evitou falar sobre a eventual participação de prefeitos no esquema: "É prematuro dizer que os prefeitos estariam envolvidos, mas empresários simularam concorrência, combinando a participação e quem iria ganhar as licitações. Não divulgaremos os nomes dos envolvidos, mas são empresas da construção civil", disse.
O grupo criminoso, segundo a Controladoria Geral da União, agia nos municípios de Alagoa Grande, Boa Vista, Mamanguape, Patos, Pilar, Pitimbu, Santa Rita, Santo André, Sumé, Algodão de Jandaíra, Brejo da Cruz, Caaporã, Lucena, Monteiro, Riachão do Bacamarte, Araçagi, Arara, Areia, Bayeux, Cabedelo, Caturité, Coremas, Cruz do Espírito Santo, Damião, Gurjão, Aroeiras, Cuitegí, São Bento, Areia de Baraúnas, Conde, Jericó, Juripiranga, Pedras de Fogo, Pombal e Serra Branca.
Hoje de manhã, uma casa no Cabo Branco Residence Privê foi cercada pelos homens da Polícia Federal para cumprimento de mandado de prisão. Sabe-se que seis pessoas foram detidas na Paraíba e têm mandados temporários contra si. Um outro preso estava em São Paulo. Além disso, 10 carros de luxo comprados em nome de laranjas foram apreendidos.
A Operação Gasparzinho foi deflagrada pela Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal.