A Assembleia Legislativa da Paraíba vai realizar às 16 horas de amanhã uma sessão especial destinada a discutir as denúncias de corrupção no Campeonato Paraibano de Futebol. O episódio se tornou mais evidente no último domingo, quando o Botafogo perdeu para o Treze por 4 a 0, no último domingo, em Campina Grande. Um promotor de Justiça teria tomado conhecimento do placar adiantado a ele por um árbitro, que contou ainda detalhes sobre um esquema de venda de resultados. A partir daí, o caso tomou proporções maiores na imprensa e fez com que dirigentes do Botafogo reclamassem e pedissem a paralisação do campeonato.
De acordo com o deputado Janduy Carneiro (PPS), autor da convocação da sessão, a presidente da Federação Paraibana de Futebol, Rosilene Gomes, além de presidentes de entidades ligadas ao futebol da Paraíba foi solicitada para esclarecer a polêmica.
Ontem à tarde, o advogado do Botafogo, Alexandre Cavalcanti, entrou com um pedido de liminar junto ao Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba pedindo a apuração de simulações, provocações e inversões de faltas do jogo que o Botafogo perdeu para o Treze por 4 a 0, no último domingo. Ele admitiu, ainda acionar a Justiça comum por causa da partida, cujo resultado é contestado por "influência externa".
“Peço que nenhum clube, seja Botafogo ou Treze, entre na Justiça Comum. Quem se sentir prejudicado pode recorrer para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, para buscar o seu direito. Para a Federação, o importante é seguir a decisão da Justiça Desportiva”, disse a presidente da FPF, Rosilene Gomes, ao avaliar a ação impetrada pelo Botafogo. De acordo com a dirigente, a Lei determina que o clube que se apegar a Justiça Comum, antes que as decisões da Justiça Desportiva sejam encerradas, corre o risco de ser desfilado do futebol profissional.
Com Correio da Paraíba