Os professores da rede estadual de ensino da Paraíba decidiram na tarde de ontem, durante assembleia geral da categoria, suspender a greve deflagrada 31 dias antes. O secretário de Estado do Governo Walter Aguiar, que manteve reunião com os professores na última segunda-feira, 30, na Assembleia Legislativa, elogiou a decisão da categoria pelo fim do movimento. “O fim da greve é fundamental para que os alunos não percam o semestre letivo e para que se estabeleça o diálogo entre o Governo e os professores”, declarou Walter Aguiar.
Walter Aguiar disse, ainda, que uma vez obtidas as “condições normais para negociar” a partir do fim do movimento, questões como o corte dos pontos serão colocadas na mesa de negociação com o comando de greve. Além disso, o Governo do Estado há dias apresentou uma proposta aos professores que é 29,7% maior que o piso nacional para as 30 horas trabalhadas. O piso nacional é de R$ 890,97 para 30 horas, e a proposta final do governo da Paraíba é de R$ 1.156,00, incluindo uma bolsa no valor de R$ 230,00. Quanto às aulas perdidas, ele entende que seja imprescindível haver a reposição para não comprometer o ano letivo e nem prejudicar os alunos.
O secretário acredita que de agora em diante o bom senso prevaleça e que as negociações avancem, pois o interesse do Governo é promover melhorias na educação da Paraíba, que é preponderante para o desenvolvimento do Estado, e para implementar esse projeto de mudança no Estado, segundo o secretário, o professor tem um papel fundamental, por isso afirma ser preciso dialogar com a categoria.
A suspensão do movimento, condição importante para se estabelecer o diálogo entre o Governo e os professores, veio depois de uma decisão do desembargador Romero Marcelo da Fonseca Oliveira estabeleceu um prazo de 72 horas para que os professores voltem ao trabalho, entendendo que mais de 400 mil alunos estavam sendo prejudicados pela greve, inclusive ficando sem acesso a merenda escolar.