A Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande disse, em nota enviada ao ParlamentoPB, que os atrasos nos pagamentos aos médicos que trabalham para o município são causados pelos “constantes atrasos de repasses dos incentivos financeiros por parte do Governo Federal, além da falta de compromisso do Governo da Paraíba, que não cumpre com as contrapartidas obrigatórias para custeio do SAMU, UPA e da Farmácia Básica, somando um débito de mais de R$ 16 milhões com a rede municipal de saúde de Campina Grande.”
O órgão campinense disse que recebeu com surpresa a divulgação, nas redes sociais, de uma suposta nota do Sindicato dos Médicos de Campina Grande e Região sobre uma suposta paralisação dos médicos prestadores de serviço da rede hospitalar e das UPA’s. Até o final do expediente dessa sexta-feira (14) a Secretaria de Saúde não havia recebido nenhuma comunicação oficial por parte do sindicato.
Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, os profissionais da rede hospitalar pública municipal já foram avisados de que os pagamentos dos plantões médicos em atraso serão feitos de forma escalonada, a partir da próxima semana.
O órgão disse, ainda, que todos os serviços da rede de média e alta complexidade estão funcionando normalmente e que todos os médicos efetivos, contratados, assim como aqueles que não possuem vínculo (contratados por chamamento público) estão cumprindo regularmente seus plantões.
Veja na íntegra a suposta nota do Sindicato dos Médicos de Campina Grande e Região
O Sindicato dos Médicos de Campina Grande e Região, informa a toda população que os Médicos prestadores de serviço dos Hospitais Pedro I, Hospital Municipal Dr.Edgley, Hospital da Criança, UPA Dinamerica e UPA Alto Branco, paralisarão suas atividades por TEMPO INDETERMINADO a partir de 18/09/2018, onde serão mantidos exclusivamente atendimentos de URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS em cumprimento a legislação vigente será mantido o efetivo de 30% para os atendimentos.
Após varias tentativas de acordo com a Secretária Municipal de Saúde com objetivo regularização dos constantes atrasos salariais (os profissionais da saúde ultrapassam 60 dias sem salário) o sindicato dos médicos informa a SMS, Curadoria da saúde e Conselho regional de medicina sobre a paralisação dos médicos após esgotadas as tentativas de diálogo com a gestão municipal.
Campina Grande 13 de Setembro 2018
Sindicato dos Médicos de Campina Grande e região
E veja também a nota da Secretaria de Saúde de Campina Grande
NOTA – Secretaria de Saúde de Campina Grande
A Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande esclarece que recebeu com surpresa a divulgação de uma nota do Sindicato dos Médicos de Campina Grande e Região divulgada nas redes sociais sobre uma suposta paralisação dos médicos prestadores de serviço da rede hospitalar e das UPA’s. Até o final do expediente desta sexta-feira (14) a Secretaria de Saúde não havia recebido nenhuma comunicação oficial por parte do sindicato.
A Secretaria de Saúde informa também que os profissionais da rede hospitalar pública municipal já foram comunicados os pagamentos dos plantões médicos em atraso serão realizados de forma escalonada a partir da próxima semana. Ao mesmo tempo, assegura ainda que todos os serviços da rede de média e alta complexidade estão funcionando normalmente e que todos os médicos efetivos, contratados, assim como aqueles que não possuem vínculo (contratados por chamamento público) estão cumprindo regularmente seus plantões.
Mais uma vez, a Secretaria de Saúde explica que as dificuldades para realizar o pagamento dos profissionais da pasta se deve aos constantes atrasos de repasses dos incentivos financeiros por parte do Governo Federal, além da falta de compromisso do Governo da Paraíba, que não cumpre com as contrapartidas obrigatórias para custeio do SAMU, UPA e da Farmácia Básica, somando um débito de mais de R$ 16 milhões com a rede municipal de saúde de Campina Grande.
Por fim, a Secretaria de Saúde lamenta a divulgação de informações com propósitos de causar insegurança na população que utiliza os serviços do SUS na cidade reitera o compromisso com diálogo permanente com os profissionais médicos e, sobretudo, com a garantia do direito à saúde de qualidade nos serviços geridos pela Prefeitura.