Secretária de Educação de Campina Grande se entrega à Polícia Federal

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A Secretária de Educação de Campina Grande, Iolanda Barbosa, afastada do cargo ontem por decisão da Justiça Federal, se apresentou na manhã desta quinta-feira (25) à Polícia Federal.

Iolanda era alvo de um dos mandados de prisão no âmbito da Operação Famintos, deflagrada pela PF ontem em parceria com o MPF e a CGU, cujas investigações que apontam irregularidades em licitações na Prefeitura de Campina Grande, mediante a contratação de empresas “de fachada”.

Ela estava em São Paulo ontem, o que impossibilitou o cumprimento do mandado de prisão.

Saiba mais sobre a Operação Famintos:

Os secretários de Administração de Campina Grande, Paulo Diniz, e da Educação, Iolanda Barbosa da Educação, foram afastados de seus cargos por decisão da Justiça Federal por causa de suspeitas de envolvimento com os fatos investigados na Operação Famintos deflagrada no dia de hoje pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Ministério Público Federal. A informação foi transmitida em uma entrevista coletiva concedida em um hotel da Rainha da Borborema.

Além dos dois secretários, cinco servidores também foram afastados das funções pelos mesmos motivos.

De acordo com a Polícia Federal, uma das empresas investigadas tinha um proprietário que nunca existiu. O fato chamou a atenção dos investigadores. O prejuízo de acordo com a CGU chega a cerca de R$ 2,3 milhões na compra de merenda escolar.

Em Campina Grande foram cumpridos nove mandados de prisão.

As investigações foram iniciadas a partir de representação autuada no MPF, que relatou a ocorrência de irregularidades em licitações na Prefeitura de Campina Grande (PB), mediante a contratação de empresas “de fachada”.

Com o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos parceiros, constatou-se que desde 2013 ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões.

Além da merenda escolar, as contratações incluíam o fornecimento de material de higiene e de limpeza para outras áreas de governo (Saúde, Assistência Social, etc.).

A CGU, durante auditoria realizada para avaliar a execução do PNAE no município, detectou um prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões, decorrentes de pagamentos por serviços não prestados ou aquisições de gêneros alimentícios em duplicidade no período de janeiro de 2018 a março de 2019.

 

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