A discussão levantada ontem de manhã na Câmara Municipal pelo pronunciamento do vereador Hervázio Bezerra (PSDB) sobre uma entrevista em que Dom Aldo Pagotto, Arcebispo da Paraíba, se posicionou contra o projeto de lei que criminaliza a homofobia fez com que outros vereadores externassem seus pontos de vista sobre o assunto. Sandra Marrocos (PSB) disse que respeitava o fato do arcebispo ser contra o projeto, mas declarou-se como entusiasta do movimento que quer criminalizar a discriminação aos gays e a prática da homofobia:
"Dizer que quem tem orientação homossexual é o diabo, não pode ser. As igrejas têm que ter a liberdade de pregar, mas há famílias homossexuais com homens e mulheres. Sou cristã, mas não pactuo com os dogmas da igreja. Eles não fazem bem à humanidade. Minha história de vida é pautada no respeito às pessoas", disse ela.
O foco da polêmica discuta na Câmara foi a proposta (PLC 122/06), de autoria da então deputada Iara Bernardi, que foi aprovada na forma de substitutivo oferecido pela relatora, senadora Fátima Cleide (PT-RO). O texto prevê punição para a discriminação contra os homossexuais.