A convenção estadual do PSDB da Paraíba, realizada no fim da manhã de hoje em Campina Grande, registrou mais um momento de estímulo público a uma eventual candidatura de Cássio Cunha Lima ao Governo do Estado em 2014. Em seus discursos, tanto o presidente reconduzido da legenda, deputado federal Ruy Carneiro quanto o senador Cícero Lucena destacaram a necessidade da legenda participar do pleito com candidato próprio e citaram Cássio como o nome mais apropriado para a disputa. O senador, por sua vez, preferiu não abordar profundamente o assunto, limitando-se a dizer que estaria acertado entre ele e o governador Ricardo Coutinho que "no ano que vem é que vamos discutir as eleições na Paraíba".
"Temos o que mostrar e o que lembrar. O PSDB tem grandes quadros e já teve na Paraíba uma forma generosa e acolhedora de governar. Vamos fazer encontros regionais, estreitar o contato com os filiados e detentores de mandato, vamos ocupar macicamente as redes sociais, nas quais o PSDB foi o primeiro partido a entrar. Esse ano é de trabalhar e em 2014, com a sabedoria de Salomão, iremos mais uma vez à vitória", declarou Ruy Carneiro.
Cícero Lucena afirmou que em suas viagens pela Paraíba tem ouvido o reconhecimento à gestão do ex-governador Cássio Cunha Lima e "quem sabe, ao futuro governador Cássio". Ele defendeu, ainda a pré-candidatura de Aécio Neves à presidência da República e finalizou o discurso dizendo estar pronto para "qualquer missão" desde que passou definitivamente o comando do PSDB a Ruy Carneiro.
Depois de comentar laconicamente as costuras eleitorais do Estado, Cássio passou a uma crítica demorada à presidente da República, Dilma Rousseff, cujo governo classificou como perdulário e injusto para com a região Nordeste. Ele citou o exemplo da redução aprovada nas contas de energia elétrica e acusou a petista de retirar apenas os impostos que compõem o Fundo de Participação dos Estados e dos Municípios, sem abrir mão dos impostos federais. "Além disso, ela usou esse benefício para, sem nenhum pudor, antecipar o início da campanha eleitoral. Foi à televisão faturar politicamente com isso, mas não disse que a oposição queria uma redução muito maior nas contas de energia caso o governo tivesse aceitado abrir mão dos impostos federais".