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Roubo de energia gera prejuízos de mais de R$ 125 milhões na PB

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Um crime silencioso, mas que causa grandes prejuízos e riscos para a população: o furto de energia elétrica, conhecidos como "gatos de energia". Somente este ano, a concessionária de energia elétrica paraibana, a Energisa, estima que a prática já provocou o desvio de uma quantia superior a R$ 125 milhões. Parte desse montante, cerca de R$ 25 milhões, seriam arrecadados pelo próprio Estado, em forma de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

As estimativas da concessionária paraibana são de que a energia furtada este ano chegaria a aproximadamente 300 GWh e daria para abastecer toda a demanda durante cinco meses de um município do porte de João Pessoa, que possui mais de 723 mil habitantes. De acordo com a assessoria de imprensa da Energisa, a empresa executou este ano mais de 40 mil inspeções, com aplicação de mais de 20 mil termos de ocorrência de irregularidade em todo o Estado.

No entanto, segundo a concessionária, o problema é “crônico” e já ocorre há décadas em todas as regiões do Estado. As periferias das grandes cidades, como Campina Grande e João Pessoa, e as zonas rurais, entretanto, são as localidades onde esse tipo de crime ocorrem com mais frequência. No mês de setembro deste ano uma operação da Polícia Civil identificou vários pontos onde estariam havendo o furto de energia em comunidades rurais de Boqueirão, no Cariri do Estado. Na Operação Água Azul, uma pessoa foi presa e pelo menos 10 inquéritos policiais instaurados para apurar as práticas irregulares.

Segundo a polícia, moradores estariam desviando a energia para utilizar no funcionamento de bombas e motores para irrigação, nas imediações do açude Epitácio Pessoa, "o Boqueirão". As investigações perduraram por mais de 60 dias, em uma parceria da Delegacia Especializada de Serviços Concedidos (Descon) com a Energisa.

A Energisa alerta que os agentes da empresa “atuam em todo o Estado executando inspeções, regularização de ligações clandestinas, blindagem de redes, blindagem de quadros coletivos em prédios e blindagem de transformadores na zona rural”, mas um dos maiores desafios é a conscientização dos próprios consumidores sobre os prejuízos da prática, que além dos danos materiais pode provocar incêndios e a queima de aparelhos elétricos de outros clientes.
 
Em alguns bairros de Campina Grande é possível identificar até mesmo em postes indícios da existência de ligações clandestinas. Moradora da rua Nossa Senhora Aparecida, no bairro do Tambor, a vendedora Carlismar Gomes Mariano, 45 anos, afirma que nunca presenciou o furto de energia na comunidade. “Isso é um negócio até difícil da gente perceber, né? Porque geralmente quem furta faz de uma forma muito bem escondida. Na minha casa não há gatos de energia não”, contou.

Na mesma rua, entretanto, a estudante Odicéia Oliveira, 21, garante que já teve parentes prejudicados com o problema. “Eu conheci uma vizinha da minha avó que fazia isso, lá no bairro das Malvinas. E aí quando foi um dia aconteceu um curto circuito e queimou tudo na casa dela e da minha avó. Quando o pessoal da energia chegou lá viu que era uma gambiarra”, relatou. 

O superintendente da Polícia Civil de Campina Grande, delegado Ariosvaldo Adelino, admitiu que a prática é difícil de ser combatida, mas lembrou que durante o ano de 2010 foram realizadas várias ações na região do Compartimento da Borborema para coibir o crime. “É um crime de furto. Quem fizer e for comprovado pode ser enquadrado e ficar até quatro anos na cadeia, além de multa”, alertou o delegado.

 

Jornal da Paraíba

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