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Rotina?

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O dia dele começa por volta das 05h45min mas não exatamente nesse horário, pois ele fica titubeando se se levanta ou não, porque ele pensa que cada segundo de sono é sagrado e só não descobriu ainda como fazer para concluir todas as coisas do dia anterior com afinco para, assim, poder dormir mais cedo e bem mais… Tal meta difícil, mas é parte de uma agenda diária que ele pretende estabelecer de forma harmônica, do mesmo jeito que ele talvez enxergue nos outros. Finalmente, uma série de coisas começa a se desenrolar como, por exemplo: alimentar as duas felinas de temperamento difícil (uma entre elas), que disputam sua atenção no momento do dejejum. No fôlego que toma para a ducha que virá a calhar no despertar e durante o escovar dos dentes, ele percebe os sinais de tempo – que de forma generosa acentua as feições que acompanham de forma concisa os devaneios e as aspirações de que tudo tome prumo e rumo. A enxurrada de responsabilidades começa a se desenrolar no seu imaginário e as providências para se arrumar tomam um ritmo acelerado, para que a luta contra o tempo seja certeira e que um mínimo de conforto ou alívio venha, quando voltar para olhar o visor do celular e constatar que está com vantagem para tomar café tranquilo e poder bater o cartão com uma folga de três minutos.

No trajeto, observa, atento, as pessoas na rua, com suas vidas e hábitos matinais e pergunta: por que não estão dormindo? E logo “cai na real” e responde para si mesmo: o mundo precisa de alguém que se levante cedo e faça as coisas acontecerem! No ambiente onde trabalha se inicia a sua jornada interpessoal, onde procura, com zelo, seguir regras pré estabelecidas e fazer com que os que o cercam correspondam de forma harmônica às tantas expectativas em comum. Corre, atende chamados, observa layouts, perde o fôlego, cobra, se esbarra com tantos, admira a gentileza e cumplicidade de uns, se assusta com a falta de vocabulário ou modos (mas nem todos se permitem e, de fato, não são obrigados, mas seria tão legal! ) de outros e ao mesmo tempo conclui que o sistema de coisas é realmente complexo e que ainda precisa continuar a correr contra o tempo. Ele encontra espaço para o riso, mas também se irrita com coisas óbvias, que acredita não terem necessidade de estar acontecendo naquele momento, naquela efervescência nem daquele jeito.

Para o bem da verdade, ele sente (às vezes) a urgência e a necessidade (um tanto contraditórias) de que o dia tivesse mais um pouco de horas. Seria perfeito, pois conseguiria executar uma avalanche de coisas e ainda sobraria tempo para os livros, música e outros entretenimentos que ele teima em incluir, de forma religiosa, num dia tão cheio para que, assim, possa se distanciar um pouco da realidade. E então observa as texturas sonoras e poéticas usadas pelo artista para externar sua mensagem, ou mesmo de um filme. Assim, se projeta nos ambientes captados sob luzes e ares fotográficos, onde as cenas se desenrolam. E trabalha o seu interior e, dessa forma, desenvolve algo coeso, que sirva para alguma coisa do seu cotidiano. Mas, quando olha para o relógio, já se passa um pouco do tempo de comer, no horário em que “todo mundo” senta à mesa e procura saborear a refeição com concentração, para não comprometer a saúde, uma vez que mora só (algo do qual se orgulha muito, pois em tempos de independência, liberdade é um luxo mais que complexo).

E, no turbilhão do seu “sistema de coisas”, dá ‘glória!’ ao cosmos por não ter que lidar com alguém diariamente, pois acha que não daria conta. Ele se sente completamente absorto em ter que lidar com informações sobre assuntos jornalísticos, que comprometem o bem estar comum, e procura provocar os seus através de pensamentos de cunho sarcástico, para que a realidade não seja levada à sério com o mesmo teor de medonhice ao qual, naturalmente, se propõe. Ele termina o dia exausto, mas satisfeito por, pelo menos, tentar fazer a sua parte e ser alguém que ainda dispõe do tão faltoso tempero chamado esperança. Ele ainda consegue contabilizar o aprendizado evolutivo, do ponto de vista de que aprende sempre e um pouco mais sobre o “outro” nas situações de adversidade, o que aprimora significativamente o calar, ao invés do achismo tão costumeiro, presente em toda má sorte de idéias sem sustentação. E segue, talvez sofrendo, eventualmente, como uma Diva, nesta busca implacável e, talvez, quase impraticável, mas deliciosa que é ter o tal “lugar ao sol”, apenas sendo, seguindo e existindo! Tchau e Benção!

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