Quando tudo parecia que ia se acalmar, surgiu mais um bolo de 468 atos secretos no Senado. Foram emitidos há cerca de 10 anos, para nomeações, demissões e gratificações. A lista a que o Jornal da Globo teve acesso com exclusividade mostra a documentação para nomear e dispensar funcionários dos gabinetes, da gráfica e do serviço de processamento de dados do Senado. O então Senador Ronaldo Cunha Lima, da Paraíba, na época primeiro secretário e responsável pela administração, nomeou o filho. No ano passado, a Folha de S. Paulo já havia revelado que Cunha Lima Filho era empregado no gabinete do então primeiro secretário Efraim Morais (DEM-PB).
O atual primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), determinou a instalação de um inquérito para apurar o caso. "A informação é que são mais de 400. É uma atitude criminosa. É sabotagem", disse o senador.
Outros atos alteram a estrutura de cargos e pessoal nas áreas de: telefonia, biblioteca, serviço médico, segurança e comunicação. Criam funções de confiança para diretorias e tratam até de folha de pagamento.
Jornal da Globo