“Se o Governo Lula tivesse abraçado o nome de Cristovam Buarque, teríamos vencido e hoje um brasileiro estaria no comando da Unesco para a honra do nosso povo”, declarou hoje no plenário do Senado Federal o senador Roberto Cavalcanti (PRB). Ele criticou a decisão do Governo Lula de apoiar o egípcio Farouk Hosni, que acabou sendo derrotado pela diplomata búlgara Irina Bokova, nova secretária-geral das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
“Ao deixar de apoiar um brasileiro para dar apoio a um árabe, por questões de estratégia internacional, sofremos esta derrota que está estampada em toda a mídia internacional”, disse Cavalcanti para Buarque, durante aparte ao colega pernambucano que fazia pronunciamento na tribuna do Senado.
“Acredito que esta decisão do Governo brasileiro foi um tremendo equívoco”, acrescentou Roberto Cavalcanti.
Cristovam Buarque informou que, além dele, mais um brasileiro – o carioca Márcio Barbosa, considerado o segundo homem da Unesco – pleiteava o cargo. Nenhum dos dois foi apoiado pelo governo brasileiro.
“O presidente Lula, ao usar hoje a tribuna da ONU, poderia ter tido a chance de dizer: ontem, foi eleito um brasileiro para o comando da Unesco. Ele teve essa chance”, lamentou Buarque.
Mãos estendidas
Buarque fazia discurso sobre educação para o trânsito quando foi aparteado por Cavalcanti. O senador paraibano citou, então, o exemplo de João Pessoa.
“Atesto todo o trabalho que vem sendo feito na capital paraibana para se criar uma convivência mais pacífica entre motoristas e pedestres. Na nossa capital já existe a consciência de que o gesto da mão estendida dá segurança ao cidadão para atravessar a rua”, declarou o senador.