O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) disse ontem em pronunciamento no Plenário do Senado que “despesa com educação não é gasto, é investimento”. Para ele, a despesa com educação é um “investimento com altíssima taxa de retorno interno, uma vez que são esses investimentos que habilitam o país a uma idéia de futuro, que lhe conferem competitividade, que fornecem as ferramentas imprescindíveis para a sua inserção neste mundo cada vez mais globalizado”.
Ao defender a aprovação do projeto de lei de autoria do Executivo (PL 1746/07), em tramitação na Câmara dos Deputados, que cria cargos na carreira do magistério de nível superior, o senador paraibano disse que manifestava o seu apoio à defesa do projeto feita pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) na terça-feira , 28. “Sem a aprovação do projeto não vamos ter a consolidação da expansão do ensino”, como adequadamente defendeu o ministro recentemente nesta Casa.
O projeto cria 2,8 mil cargos de professor da carreira do magistério superior; cinco mil cargos técnicos, 180 cargos de direção e 420 funções gratificadas, todos vinculados ao Ministério da Educação, como forma de viabilizar a abertura de 300 mil novas vagas em cursos universitários no sistema federal de ensino superior. A Exposição de Motivos que acompanha o Projeto esclarece que a proposição tem por objetivo suprir necessidades geradas pela política de expansão da rede federal de ensino superior.
Na Tribuna, Roberto Cavalcanti disse ser "urgente e indispensável" uma mudança de mentalidade para que as verbas aplicadas em educação passem a ser consideradas investimentos, e não um gasto comum, tendo em vista que esses recursos constituem valiosos incentivos para o presente e o futuro do país. “São investimentos com altíssima taxa de retorno, uma vez que habilitam o país ao futuro, que lhe conferem competitividade, que fornecem as ferramentas imprescindíveis para a sua inserção neste mundo cada vez mais globalizado, onde as vantagens comparativas sofreram uma verdadeira revolução em poucas décadas”, afirmou.
Após manifestar apoio ao discurso de Roberto Cavalcanti, em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu investimentos no ensino fundamental. O senador Paulo Paim (PT-RS) também cumprimentou Roberto Cavalcanti pelo discurso em defesa da educação.