O prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), concedeu hoje uma entrevista à Rede Paraíba Sat e negou que tenha agendado um encontro com o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), especulado aliado seu na eleição de 2010. Apesar de negar que o compromisso esteja articulado, o socialista disse que, caso ele seja mantido em outra ocasião, será "um fato natural".
"Não há anormalidade em um encontro com Cássio Cunha Lima. Eu o recebi no Paço Municipal, assinamos convênios e tivemos diálogos. Qualquer evento dessa natureza em que possamos participar, será normal. Sempre dialoguei com todos. Se alguém vai ter um ataque por causa disso, eu não tenho qualquer problema", disse o presidente estadual do PSB.
Ricardo também comentou a expectativa de seus adversários em relação ao julgamento, no Tribunal de Contas do Estado (TCE), de um contrato celebrado pela Secretaria Municipal de Saúde com a Oscip Instituto Brasileiro de Ações Integradas (Ibra) no valor de R$ 1,1 milhão.
"Não tenho problema com o fato de ser investigado. Esse contrato foi feito pela economia que ele representou. A gente comprava oxigênio de um oligopólio. Quebramos isso e contratamos a Oscip, criamos uma usina e economizamos duas vezes o valor do produto. Agora, se a Oscip deixou de apresentar um documento, tenha paciência", disse.
Brindes – Em outro momento da entrevista, o prefeito comentou o fato de a ação que pede a decretação de sua inelegibilidade ter sido reaberta pelo Tribunal Regiona Eleitoral. O socialista é acusado de ter distribuído brindes em pleno período eleitoral em uma festa dedicada aos motoristas da capital:
"O povo da Paraíba não aceitaria um tapetão estendido por quem não quer ganhar nas urnas. Estão tentando criar uma cortina de fumaça, mas eu não tenho problema com investigação. Nesse caso, a Polícia Federal já disse que o vídeo era uma armação. Eu não dei brinde a ninguém. Ao contrário, dizem até que sou amarrado".