O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, o deputado Ricardo Marcelo (PSDB), admitiu não ter atendido a ligação do governador Ricardo Coutinho (PSB), no dia da abertura dos trabalhos Legislativos. Segundo ele, no momento da ligação ele estava concedendo uma entrevista. O tucano também confirmou ter deixado a solenidade quando soube que Ricardo Coutinho não compareceria:
– Não atendi por que não tinha como atender, eu estava dando entrevista a vocês (jornalistas) e não foi possível atender. Eu deixei a sessão por que se o governador não veio, não havia a menor necessidade de eu estar em plenário. O presidente numa necessidade pode colocar o vice-presidente da Casa. Quando eu saio, o vice-presidente Edmilson Soares me substitui e foi quem me substituiu.
O presidente explicou ainda como ficará a situação dos servidores da Assembleia, que recebeu uma recomendação do Ministério Público para demitir todos que não forem concursados. O presidente falou da delicadeza do assunto e prometeu estudar uma forma menos traumática de resolvê-lo.
– É uma coisa desagradável, é muito complicado essa história de desempregar as pessoas. Nós tivemos perdas no orçamento, mas fechamos o ano em dia, funcionários em dia. Demitir não está nos meus planos, mas chegou a determinação da Justiça. Vamos ver o modo menos traumático para as pessoas que trabalham aqui. Vamos sentar com a equipe toda e tentar ver a melhor saída, sem prejudicar os trabalhos.
Sobre os boatos de um possível impeachment do governador Ricardo Coutinho, o presidente da Assembleia declarou:
– Esse não é o momento de se falar de Impeachment. Tem que se falar em crescimento e desenvolvimento do Estado. Precisamos reunir todas as classes empresariais, as classes políticas, para tentar recuperar o tempo perdido no cenário nacional no tocante ao desenvolvimento do Estado. Os outros Estados estão crescendo e nós continuamos na mesma. A Paraíba não pode continuar nessa briga, nessa política mesquinha, medíocre que não vai levar a lugar nenhum.
