O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), foi entrevistado hoje na FM e Tv Tambaú e comentou alguns dos principais assuntos da pauta administrativa e política do Estado. Ele confirmou a informação veiculada pela manhã pelo Parlamentopb sobre a visita, nesta sexta-feira, do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para a assinatura de convênios para obras hídricas que somam verbas de R$ 1 bilhão e também abordou as recentes crises com setores do serviço público como médicos, professores e policiais.
Ricardo rejeitou a acusação de dificultar o diálogo e disse que não recebeu os professores e médicos porque eles teriam infrigido regras éticas da negociação. Sobre os professores, o governador os acusou de ter quebrado o acordo firmado previamente ao manter a greve mesmo com a incorporação da Gratificação de Estímulo à Docência (GED) e a concessão da Bolsa Desempenho, um benefício mensal de R$ 230 ao pessoal da ativa:
– Quem sugeriu esse valor não fui eu: foi o Sintep. Mas, mesmo com o acatamento da proposta pelo Governo, as entidades decidiram manter a greve e eu me senti desobrigado em receber quem não cumpriu dois acordos firmados.
Em relação aos médicos, Ricardo se queixou do fato de o atendimento no Hospital de Emergência e Trauma ter sido impedido no auge da crise da categoria com o Governo:
– Eu sou um profissional de saúde, já estive em várias greves, mas nunca fui a favor de deixar de atender os pacientes. Isso ultrapassa as regras éticas e o Conselho Federal de Medicina me deu razão.
Na entrevista, o chefe do executivo estadual ainda disse dispor de dados aferidos por pesquisas que apontariam a aprovação da população paraibana às medidas adotadas por ele, inclusive na negociação com os setores do funcionalismo público insatisfeitos com os salários ofertados atualmente pelo Governo:
– As pesquisas dizem que o povo não apenas entende a mudança de rumo político, de cultura, mas aprova o que estamos fazendo.
Indagado sobre a "chiadeira" de políticos insatisfeitos com o modo "ricardista" de Governar, ele disse:
– A chiadeira é normal. É assim mesmo. Não se pode fazer tudo que se quer. Se os interesses entram em conflito, é preciso fazer uma escolha. Mas, não é toda a classe política que chia. A oposição claramente tenta atacar de todas as formas. Mas, eu olho para a frente. O povo não é bobo e sabe das coisas. Ele sabe quando a denúncia tem ou não sustentação.