O presidente estadual do PSB e pré candidato ao Governo do Estado, Ricardo Coutinho, participa nesta quinta-feira, 22, na cidade de Matinhas, na microrregião do Brejo paraibano, de um debate sobre a praga da Mosca Negra dos Citros, que está sendo promovido pela prefeitura local e será realizado em uma estrutura montada no Centro da cidade, a partir das 14h.
Também irão participar do debate, os pré candidatos ao Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB) e Efraim Morais (DEM). O evento visa a busca de soluções para resolver este grave problema que atinge principalmente as regiões produtoras de frutas cítricas, a exemplo do município de Matinhas, maior produtor de laranjas da Paraíba.
Associações de agricultores de toda a região produtora de citros estarão presentes no debate, além da presença de agrônomos que farão uma explanação do que se pode ser feito para acabar com essa praga que é o maior problema da citricultura paraibana.
Mosca Negra – A mosca negra dos citros é originária do sudeste asiático e encontra-se disseminada na África, Oceania e em todo o continente americano, notadamente nas regiões tropicais e subtropicais. Embora sejam as plantas cítricas as hospedeiras naturais da mosca negra, a praga pode infestar mais de tipos de 300 plantas a exemplo do abacateiro e do cajueiro, inclusive também pode atingir plantas ornamentais. A mosca negra suga a seiva das plantas reduzindo em cerca de 80% a sua frutificação diminuindo significativamente o seu valor comercial e inclusive podendo levá-la a morte.
A sua chegada à Paraíba deu-se em 2009 e está atingindo seriamente a citricultura que tem a sua cadeia produtiva seriamente ameaçada caso soluções definitivas de controle não sejam adotadas. As exportações de laranjas já sofrem com a acentuada queda de pedidos que ocorreu nos últimos meses, inclusive impondo a limitação da comercialização das frutas apenas aos produtores que têm a sua produção acompanhada. O inseto pode ser encontrado durante todo o ano, entretanto a sua reprodução é baixa nos meses mais frios. Os ovos são depositados em espiral sobre as folhas, em grupos de 35 a 50. A eclosão se dá em 4 a 12 dias, dependendo do clima. As fêmeas podem gerar 100 ovos durante a vida.