O termo “paraíba” é muito usado, sobretudo no Rio de Janeiro, quando alguns querem se referir, pejorativamente, a nordestinos. Geralmente, o uso da expressão é carregado de menosprezo e preconceito. É claro o intuito de colocar o nordestino em posição de inferioridade social, cultural e/ou intelectual. Portanto, não surpreendeu em nada o fato de Bolsonaro ter usado o termo em conversa reservada, sem saber que estava sendo gravada. Afinal, ele é um preconceituoso compulsivo – on e off.
Na prática, “paraíba” é o oposto de Bolsonaro. É o nordestino que deixou sua terra natal, com a força, a inteligência e a coragem que lhe são peculiares em busca de uma vida melhor, e acabou sendo um dos principais responsáveis pela construção do “Sul Maravilha”. Em todas as áreas, colocou a mão na massa, inclusive literalmente, como na construção civil. E também conquistou as massas, nas artes, na cultura e nas comunicações, por exemplo.
O “paraíba” merece respeito, Jair. Via de regra, é um trabalhador. Não vem da mamata política de quase três décadas, bancada com dinheiro do povo, sem nenhum retorno concreto.
Por fim, é bom lembrar que, como Jair não está à altura do cargo de presidente da República, só resta não dar muita bola ao que ele diz. Afinal, o que vem debaixo não nos atinge.