A terra que criou o Maior São João do Mundo gerou também o protagonista da maior novela mexicana fora dos limites dos Estados Unidos Mexicanos. Romero Rodrigues, ao que tudo indica, deu ré. Por isso, o título da coluna: Ré-mero. Impressiona, mas é verdade. Com seu jeito manso, Romero confirma aquela provocação de que de onde menos se espera é de onde não sai nada mesmo.
Ele não será candidato a prefeito de Campina Grande. A menos que haja uma gigantesca novidade até o dia 5 de agosto.
Os cautelosos ponderarão: Mas, ele nunca disse que seria candidato. Concordo. Mas, estimulou, à sua maneira, que o burburinho crescesse, se alastrasse, que conjecturas fossem feitas na esteira de seu silêncio.
Chegou em algus momentos a lançar mão de artifícios como o vídeo do cidadão embriagado pedindo a volta dele ao Palácio do Bispo. E até chegou, no ápice dramático da trama, a contratar uma agência e aprovar um jingle de campanha que falava sobre a convocação dele que teria sido feita pela Rainha da Borborema. Depois dispensou e guardou a peça para seu arquivo de memórias.
Tudo pose.
O que Romero sempre quis mesmo, sem titubeio, foi transmitir a Bruno Cunha Lima, seu ex-pupilo e atual protagonista político, o recado de que não suporta a presença de Veneziano Vital do Rêgo ao lado do prefeito campinense e que não queria ceder a vaga de vice ao cabeludo ou a um dos seus aliados. A vice deverá ficar com Romero. Mas, pode ser que nem fique. E ainda assim, a candidatura do deputado não vai prosperar. Foi um sonho (ou pesadelo) de uma noite de verão. A estação acabou e veio o frio. Romero esfriou e está em casa de pantufas observando todo mundo se perguntar o que ele já sabe desde o início. “Hoje não, Faro!”.