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Rede de fibra ótica da Paraíba terá 974 quilômetros de extensão

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O Governo da Paraíba deu início nesta segunda-feira (25) ao projeto de instalação da rede em fibra ótica na Paraíba, as infovias, que são redes avançadas de comunicação de dados para apoio à pesquisa, educação, segurança, saúde e governança. O governador Ricardo Coutinho assinou, em solenidade no Palácio da Redenção, a ordem de serviço para a concretização do projeto, que nesta primeira etapa está orçado em mais de R$ 3,7 milhões, sendo aproximadamente R$ 2,5 milhões da FINEP/FNDCT e R$ 1,2 milhão de contrapartida estadual. Incluindo a segunda etapa, os recursos chegarão a R$ 14 milhões e irão formar uma rede de 974 quilômetros de extensão.

O governador Ricardo Coutinho ressaltou que as infovias vão colocar a Paraíba em novas perspectivas de conhecimento e interligar as instituições de ensino, ciência e tecnologia dentro da pesquisa no Estado. No total serão 974 quilômetros de uma rede de alta complexidade na transmissão de dados, voz, imagem. “Vamos interligar com Campina Grande que já tem sua rede de fibra ótica e vamos chegar, na segunda etapa até ao Sertão, Cariri, Curimataú, projetando uma intervenção que interligará os 29 campi de instituições de ensino superior”, destacou.

O governador revelou que dentro de alguns anos a Paraíba vai estar muita mais desenvolvida.  João Pessoa será a 44ª cidade brasileira a ter sua infovia. Ricardo Coutinho fez questão de destacar a imensa contribuição que teve o professor Mário Assad, que faleceu recentemente, com o projeto da rede de fibra ótica da Paraíba.

Assinaram o documento o governador Ricardo Coutinho, o presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq), Cláudio Benedito Silva Furtado, o secretário de Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Estado, João Azevêdo Lins Filho e o O diretor adjunto de Gestão de Soluções da RNP – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, Gorgonio Araújo.

Projeto – A previsão inicial é que a construção da rede de fibra ótica em João Pessoa (Rede Metro JP) e a ligação dela com a rede já existente em Campina Grande (Rede Metro CG) seja concluída até o final do ano. O projeto está orçado em R$ 3.738.086,64.

Ele e é resultado do Convênio 01.06.0573.00, Fapesq-Finep, de 2006, prevê a criação de uma rede colaborativa de conteúdos informacionais, representada e mediada por um portal, para dar suporte ao planejamento, gestão, e disseminação de informações entre as instituições integrantes do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Informação (C&T,I), instaladas na Capital e em Campina Grande.

Para a Rede Metro JP está previsto o lançamento de cerca de 60 Km de cabos óticos em João Pessoa (48 fibras no cabo)‏, com taxas de transmissão elevadas (1 Gbps ou mais)‏, para o atendimento a 10 instituições de C&T na região. Também serão instalados 114 km ligando João Pessoa a Campina Grande. Na segunda etapa do projeto serão mais 800 km de extensão, gerando um total de 947 km.

O excedente de fibras será lançado para acomodar interesses de possíveis parceiros. O sistema vai permitir a implantação de serviços avançados com a vantagem do uso de fibras óticas, um meio físico pouco sujeito a problemas de funcionamento de vida útil longa (estimado em mais de 20 anos).

O diretor adjunto de Gestão de Soluções da RNP – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, Gorgonio Araújo, ressaltou a visão estratégica do governador Ricardo Coutinho em decidir pela implantação da rede de fibra ótica da Paraíba. A RNP desde 1989 interliga no país mais de 600 instituições de ensino e pesquisa.

“O projeto que se inicia hoje na Paraíba, graças a visão de futuro do Governo, trará para João Pessoa e todo o estado, um patamar de igualdade no que diz respeito à infraetrutura de ciência e tecnologia com instituições similares não só no Brasil mas nos Estados Unidos e na Europa”, destacou Gorgonio. De acordo com o diretor da RNP, o projeto coloca a Paraíba na vanguarda no desenvolvimento do conhecimento. As infovias são ferramentas que darão possibilidades concretas de crescimento do Estado”, acrescentou.

O secretário do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Minerais, João Azevedo, afirmou que hoje começa a se realizar um sonho do professor Mário Assad e de outras pessoas envolvidas no projeto. Ele destacou que a estrutura que hoje se inicia levará a Paraíba à comunicação de dados em alta velocidade e é uma ação revolucionária.

De acordo com o presidente da FAPESQ – Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba, Claudio Benedito Silva Furtado, a capacidade de transmissão é praticamente ilimitada (limite teórico atual 1Tbps). Os equipamentos são relativamente baratos para acesso ao cabo ótico, além de viabilizar aplicações que exigem taxas de transmissão elevadas (voz, vídeo, imagens)‏ e com custos de instalação, manutenção e operação mais baixos se comparados com os custos da contratação da mesma capacidade de transmissão das operadoras de telecomunicações.

Implantação – Cabos óticos são lançados com pares de fibras disponíveis para atendimento às instituições de C&T, Governo Estadual e Prefeitura de João Pessoa e pares de fibra excedentes para atendimento aos possíveis parceiros na implantação e sustentação da iniciativa. Estão previstos 24 pares de fibra em áreas urbanas. Estarão interligadas com a Rede Metro, por exemplo, instituições de C&T vinculadas ao Ministério da Educação e Ministério da Ciência e Tecnologia; vinculadas à SERHMACT – Secretaria de Estado de Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia; Educação Pública, Saúde Pública e Administração Estadual.

A esse aglomerado de instituições se somam os parceiros da REDEICTIPB, que são as instituições públicas ou privadas de ensino e pesquisa; pessoas jurídicas que tenham estrutura permanente de pesquisa e desenvolvimento e/ou laboratório para prestação de serviços tecnológicos; entidades públicas, associações, fundações, sociedades civis de fins não lucrativos e pessoas jurídicas de qualquer natureza, que tenham relevância para a oferta e demanda de tecnologia.

Benefícios – São inúmeros os benefícios proporcionados pelo sistema de pavimentação digital. Na área de C,T&I, por exemplo, tem a disponibilização de uma Rede  avançada  para pesquisa e educação, que proporciona o envio e recebimento de dados com alta taxa de transmissão, monitoramento remoto de estações de pesquisa, facilita a colaboração científica com instituições internacionais, banda larga para desenvolvimento de TV digital, possibilita o acompanhamento e monitoramento online de barragens e instalação de estações de monitoramento climático e geológico em varias regiões do estado, entre outros.

O acesso digital traz benefícios também para a área administrativa do Governo do Estado, possibilitando a diminuição dos gastos com telefonia, utilizando serviços de voz sobre IP ou VOIP; rapidez e melhor acessibilidade aos portais e aplicativos das Secretarias; melhor acessibilidade e comunicação entre os diversos órgãos espalhados no Estado, reforçando a modernização da Administração Pública.

A inclusão digital vai disponibilizar toda uma infraestrutura de acesso à internet para instalação de projetos de Cidades Digitais, projetos de banda larga para uso da população, interligação de Infocentros (telecentros)‏, teatro e cinema digital. No Sistema de Saúde, os benefícios proporcionados pelas infovias digitais são irrefutáveis. Desde a Telemedicina (videoconferências, cirurgias online) e interconexão de hospitais e Postos de Saúde da Família, ao desenvolvimento de produtos e serviços e empresas de Tecnologias da Informação com aplicação na Saúde e acompanhamento de dados de campanhas de saúde em tempo real.

Na área da educação, a Rede Metro vai disponibilizar internet de banda larga nas escolas, interligar bibliotecas, ampliar o ensino à distancia através de cursos de formação continuada de professores da rede pública. E ainda, a implantação de museus digitais, Centros Vocacionais à Distância (interligando os diversos CVTs).

Na segurança pública, as polícias terão acesso ao banco de dados da Secretaria de Segurança, podendo identificar suspeitos e pessoas com ocorrências policiais, com a interligação de delegacias e órgãos das Polícias Militar e Civil, além de criar uma infraestrutura de pesquisa para o Instituto de Polícia Científica e acesso ao banco de dados das policias estaduais, Federal e Interpol.

A expectativa é de que a implantação das redes metropolitanas e estaduais provoque a criação de empresas de TI e de outros setores da indústria devido a demanda de oportunidades que surgem na região.

Ampliação – Uma segunda etapa do projeto Rede Metro é levar a interiorização de redes óticas ao Estado da Paraíba, interconectando 80% dos organismos estaduais de C&T,I, situados em 18 municípios do interior.  Tal projeto foi aprovado pelo MCT/FINEP em 2007 e assinado no final de 2008, com execução da FAPESQ e Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, orçado em mais de R$ 11,2 milhões, sendo aproximadamente R$ 7,5 milhões da FINEP e quase R$ 4 milhões do Estado.

Nessa segunda fase o projeto vai promover a integração da maioria das instituições e unidades de C,T&I no Estado através da implantação de rede ótica de comunicação de dados de alto desempenho e longa distância (cerca de 800 km de cabos óticos de 24 fibras lançados)‏. A intenção é integrar instituições e unidades de C,T&I distribuídas em 16 cidades (27 unidades descentralizadas)  às suas sedes situadas em João Pessoa e Campina Grande, em prosseguimento aos projetos REDECOMEP e REDEICTI-PB .

A meta é fazer a implantação do circuito ótico João Pessoa – Rio Tinto – Mamanguape – Guarabira – Areia – Pilões – Bananeiras – Lagoa Seca – Campina Grande; Implantação do circuito ótico Campina Grande – São João do Cariri – Juazeirinho – Santa Luzia – Patos – Malta – Coremas – Sousa – Cajazeiras; Implantação do circuito ótico São João do Cariri – Sumé – Monteiro; Implantação do circuito ótico Coremas – Pombal – Catolé do Rocha.
 

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