O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Bayeux, Antônio Radical, denunciou hoje que o prefeito da cidade, Jota Júnior (PMDB) teria permitido que o irmão, José Américo de Souza, mais conhecido como Pastor Américo, recebesse salário como professor da rede municipal de ensino sem que ele tenha prestado serviço.
"Temos documentos que provam que o Pastor Américo recebeu uma média de R$ 600 como se fosse professor da Escola Municipal João Belarmino, no Alto da Boa Vista. Não existe diário de classe e a nem a relação de funcionários inclui o nome dele. É um ato de improbidade que já denunciamos ao Tribunal de Contas do Estado e vamos levar, também, à Comissão de Improbidade do Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal, já que as verbas da Educação vêm do governo federal", disse Radical.
O sindicalista vem comandando a mobilização dos professores que reivindicam um aumento de 13,46% e afirmam que o indíce havia sido prometido pela Prefeitura desde janeiro de 2009. O nível de acirramento entre grevistas e prefeitura é tamanho que na tarde do último dia 3, a Prefeitura denunciou Radical e um grupo de manifestantes pela invasão ao prédio da Secretaria de Educação. Segundo a Prefeitura, pelo menos quatro funcionários foram agredidos, sendo que três mulheres tiveram que ser encaminhadas em uma viatura da Polícia Militar para o Hospital Materno Infantil.
O prefeito Jota Júnior informou que vai responsabilizar judicialmente Antônio Radical e o sindicato pela confusão. O sindicalista, contudo, faz pouco caso da ação: "Quem tem boca diz o que quer. Nós estamos vendo como a Prefeitura dá benesses a quem trabalha e tratal mal quem contribui para o progresso da cidade e para a educação do Município. O Sindicato também está acionando a Justiça para ter direito de resposta no Sistema Correio, que só dá voz ao prefeito-apresentador", disse Radical.