Em visita a João Pessoa na tarde desta sexta-feira, 25, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga não garantiu que será efetivado o projeto projeto-piloto de soroprevalência da vacina da Pfizer. A Secretaria da Saúde da Paraíba indicou a cidade ao Ministério da Saúde, em audiência nesta quarta-feira (26). Segundo Queiroga, contudo, há uma série de procedimentos a serem vencidos até que a boa notícia possa ser dada. Entre eles está a disponibilidade de alguma farmacêutica oferecer as doses que serão usadas, já que o quantitativo não sairá do estoque do governo federal e teria que ser cedido pela indústria.
O primeiro compromisso do ministro na capital paraibana foi uma reunião com o prefeito Cícero Lucena (PP) no gabinete do gestor no Centro Administrativo Municipal em Água Fria. Lá, uma entrevista coletiva improvisada acabou acontecendo e nela Queiroga falou sobre a previsão de conclusão da imunização contra o coronavírus no país – segundo ele, deve acontecer até o fim do ano -, do fato de ser investigado na CPI da Pandemia e ainda abordou a investigação pedida pelo Ministério Público Federal no contrato de compra de imunizantes da Covaxin, cujo preço único superou em 10 dólares o da Pfizer, oferecido anteriormente ao governo federal.
Outro assunto perguntado foi a contradição do comportamento do presidente Jair Bolsonaro – que reluta em usar máscaras e chegou a tirar a proteção facial de um garoto durante sua visita ao Rio Grande do Norte – e as recomendações do Ministério da Saúde que prega o uso da máscara como forma de proteger a população da infecção pela Covid-19. “O presidente é contra a indústria da multa pelo não uso de máscaras. Essa deve ser uma questão educativa e não uma forma de punir as pessoas”, comentou.
Em outro momento, o ministro respondeu sobre a sua condição de investigado pela CPI da Pandemia e também defendeu o presidente Jair Bolsonaro pelo não uso de máscaras.
Depois da reunião com Cícero, o ministro foi ao Mangabeira Shopping, onde está sendo realizado o Corujão da Vacinação com oferta de primeira dose do imunizante contra a Covid-19 a pessoas a partir de 45 anos sem comorbidades. Lá, ao som do forró de Mô Lima, ele mesmo imunizou três pessoas e foi cercado por uma paraibana fantasiada de coronavírus que conseguiu dançar forró com Queiroga. Notando o constrangimento do ministro ao lado do símbolo do vírus, o secretário Fábio Rocha puxou a moça para dançar.
A agenda de Queiroga incluiu ainda uma visita à UPA dos Bancários e ao Hospital Napoleão Laureano, referência no tratamento do câncer na Paraíba.