Uma operação conjunta entre o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil e o Núcleo de Operações Especiais (NOE) da Polícia Rodoviária Federal resultou na prisão de uma quadrilha especializada em falsificação de veículos, na Capital. Durante a operação “Camaleão” foram presos Jeferson da Silva Duarte, de 37 anos, Dênis Diniz Duarte, 39 anos, Clebson Ricardo Rodrigues, de 22 anos, Valber Soares Nóbrega, de 50 anos, Charles Silveira Alves, de 38 anos, e Jefersonia da Silva Duarte, de 37 anos. As prisões aconteceram em bairros nobres da Grande João Pessoa.
O grupo vinha sendo investigado há cerca de cinco meses. Com eles, a polícia apreendeu uma grande quantidade de documentos falsos, talões de cheque, cartões de crédito e mais de 3 mil licenciamentos de veículos em branco, prontos para serem preenchidos com a identificação de veículos similares e, então, clonados.
A polícia vai investigar a origem do material e verificar se há a participação de funcionários dos Departamentos de Trânsito dos estados da Paraíba e Pernambuco no esquema. Durante a operação, também foram apreendidos cinco veículos de luxo e escrituras de apartamentos avaliados em mais de um milhão de reais.
De acordo com o delegado do GOE, Jean Francisco Nunes, o grupo vinha agindo no Estado há pelos menos 10 anos, com ramificações em outros estados vizinhos. “Hoje, nós prendemos os mentores dessa quadrilha. Com essa prisão, podemos chegar aos outros envolvidos nesse esquema”, explicou.
Durante coletiva à imprensa, o secretário da Segurança e da Defesa Social, Cláudio Lima, destacou a importância das operações conjuntas realizadas no Estado. “Estamos trabalhando de forma integrada, com a certeza de que assim podemos mostrar mais resultados. Isso mostra a força de um trabalho conjunto entre as polícias no Estado.”, afirmou.
Para a inspetora da PRF, Keilla Melo, o trabalho conjunto oferece respostas mais rápidas de prevenção e repressão aos crimes. “A integração entre os órgãos de polícia é a única foram de coibir o crime organizado e a Paraíba dá um passo à frente com este trabalho cada vez mais integrado”, disse.
Os acusados podem responder pelos crimes de receptação e formação de quadrilha, estelionato, uso de documentos falsos e adulteração de sinal de veículos. Os presos foram levados para a Central de Polícia e vão ficar a disposição da Justiça.