O documentário “O Processo” (Brasil, 2017), dirigido por Maria Augusta Ramos, que mostra os bastidores dos seis meses entre a aceitação da denúncia contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e o afastamento dela, teve sessões no festival “É Tudo Verdade”, em São Paulo, esgotadas. Uma sessão extra foi aberta para atender ao público insistente e insatisfeito com os ingressos esgotados para as 17h e 20h.
Durante as sessões, houve manifestações e palavras de ordem como “Lula livre!” e “Volta, Dilma”. A advogada favorável ao impeachment e que esteve entre os protagonistas do processo, Janaína Paschoal, ao aparecer na tela, foi chamada de “louca” e “mentirosa”. O deputado federal Jair Bolsonaro foi chamado de “assassino” e “torturador”. No dia da votação na Câmara, ele fez menção ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que morreu em 2015, e foi apontado como um dos principais torturadores na época da Ditadura Militar.
A obra já teve estreia internacional no Festival de Berlim, na Alemanha. No Brasil, ele deve estrear comercialmente no dia 17 de maio. No festival “É Tudo Verdade”, o documentário teve sessões às 17h, 20h e uma extra às 23h, no domingo (15), no Instituto Moreira Salles. No Rio de Janeiro, houve exibição na terça-feira (17), às 20h30, e na quarta-feira (18), às 18h, no Estação Net Botafogo.