Uma situação no mínimo constrangedora aconteceu na noite desta sexta-feira, 1º de maio, durante a solenidade de abertura do 4º Festival de Cinema dos Países de Língua Estrangeira (Cineport) na Usina Cultural, em João Pessoa. Quando foram anunciados os componentes da mesa formada para dar início formal ao evento, o presidente da Energisa, Marcelo Rocha, pôde sentir a frieza do público.
É que antes dele ser chamado a compor a mesa, os aplausos foram sonoros tanto para o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB) quanto para o governador do Estado, José Maranhão (PMDB). Na hora em que Marcelo Rocha foi convidado a se fazer presente à mesa, o silêncio foi desconcertante.
Visivelmente constrangido, ele usou o discurso de abertura para tentar justificar os quatro apagões que atingiram 21 cidades da Paraíba na terça e quarta-feira. Marcelo atribuiu a falhas da Chesf os blecautes registrados no Estado. Ainda na tentativa de quebrar o gelo, ele afirmou que esse tipo de problema se deve ao fato de João Pessoa ter crescido significantemente nos últimos anos e ter se tornado "uma metrópole pujante".
Ao final de sua fala, poucos aplausos foram ouvidos.
A Energisa é uma das patrocinadoras do Festival de Cinema e também detém a propriedade da Usina Cultural onde o evento é realizado.