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Próximo ao clã Bolsonaro, novo ministro da Saúde divide opiniões entre médicos

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Com nomeação prevista para sair na edição desta terça (16) do Diário Oficial da União, o médico cardiologista Marcelo Queiroga divide opiniões entre os colegas médicos. Para alguns, é um bom nome, com perfil de negociador e conciliador.

Para outros, porém, o fato de ser próximo aos filhos de Bolsonaro já indica que ele seguirá as ordens do chefe. Queiroga chegou a participar da equipe de transição do governo Bolsonaro, no fim de 2018.

Quarto ministro a assumir a pasta durante a gestão de Bolsonaro, Queiroga disse à Folha no último domingo (14) ser contra a utilização da cloroquina, medicamento que continua sendo defendido por Bolsonaro no tratamento da Covid-19, apesar de não funcionar no tratamento da doença.

O cardiologista também disse que não é possível “inventar a roda” no combate à pandemia, mas terá no Planalto um obstáculo se quiser usar a fórmula que tem sido aplicada em todo o mundo para conter os danos da pandemia, como lockdown e o uso de máscaras, por exemplo.

Para Roberto Kalil, diretor do centro de cardiologia do Hospital Sírio-Libanês e presidente do conselho diretor do InCor (Instituto do Coração), Queiroga é uma pessoa discreta, coerente e bem articulado. “É um bom nome. Tem tudo para dar certo. Aliás, tem que dar certo”, diz.

Kalil diz que o novo ministro terá “apoio total” nas duas instituições onde ele atua, InCor e Sírio.

O cardiologista Fabio Jatene, professor titular da USP e diretor do serviço de cirurgia torácica do InCor, tem avaliação parecida. Diz que ele e Queiroga já atuaram próximos, na direção de sociedades médicas na área da cardiologia (Jatene, na de cirurgia torácica e Queiroga, na de hemodinâmica).

“Tenho boa impressão do Queiroga, da forma como ele conduz as coisas, tem uma boa capacidade de administrar, de resolver, de discutir os problemas, de tentar achar solução para os problemas, um bom negociador. Estou vendo com boas expectativas [a indicação].”

A Folha conversou com outros quatro cardiologistas que têm opiniões diferentes. Consideram Queiroga despreparado para a função e que apenas obedecerá ordens do presidente Bolsonaro, mas preferem não se manifestar por temer represálias.

“O dr. Marcelo sempre foi bolsonarista, defensor da hidroxicloroquina e vai fazer tudo o que Bolsonaro mandar”, escreveu um cardiologista de São Paulo.

“Ele sempre foi próximo dos filhos de Bolsonaro. Se vai conseguir convencer o presidente a ser mais aderente ao bom senso e à ciência, só Deus sabe!”, diz outro colega.

“Olha, entre nós médicos, há um grupo bem afável, mas nem eles estão botando fé”, diz o terceiro cardiologista. “Nada muda. Assim como Pazuello, Queiroga não tem preparo para a função e vai seguir a cartilha de Bolsonaro”, afirma outro especialista.

Não são poucos os desafios que Queiroga terá pela frente, um dos maiores é acelerar a vacinação no Brasil, diante da disputa global por doses e numa corrida em que o Brasil chegou atrasado.

Até o momento, menos de 5% da população brasileira foi vacinada. Nos EUA, cerca de 20% já o foram. No Chile, mais 16%.

Folha de S. Paulo

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