Um protesto foi realizado na manhã de hoje em frente ao Condomínio Bougainville Residence Privê, no Altiplano Cabo Branco, contra uma decisão judicial que determina a retirada de um cachorro pit bull de uma moradora. O residencial entrou na Justiça tomando como base o regimento interno, que proíbe a criação de animais ferozes e de grande porte. A descrição foi acatada pela juíza Daniela Falcão Azevedo, da 11ª Vara Cível da Capital, mas revoltou a empresária Cris Atala, tutora de Loki, o cão que está no centro da polêmica.
Cris, seus familiares, o vereador Guga e um grupo de protetores de animais se reuniram na frente do condomínio para reclamar da decisão judicial que estipulou um prazo de 72 horas para que o animal seja retirado do local onde vive com a tutora.
A empresária, por sua vez, alega que está sendo vítima de preconceito e garante que Loki é dócil e não causa perigo à rotina dos demais moradores. Para ela, a decisão da magistrada foi prejudicada por uma imagem distorcida que algumas pessoas têm da raça pitbull.
“Não levou em conta nenhuma das declarações que a gente juntou ao processo de docilidade, da veterinária, dezenas de fotos que juntamos ao processo, inclusive declaração do porteiro do condomínio anterior”.
Em sua sentença, a juíza Daniela Falcão Azevedo entendeu que “os cães da raça Pit Bull têm reconhecida potencialidade lesiva, mostrando-se adequado o seu afastamento das dependências condominiais”. Ela acrescentou que, mesmo quando esses animais são aparentemente dóceis, podem vir a atacar pessoas, especialmente crianças e idosos.