A Promotoria do Cidadão de João Pessoa concedeu um prazo de 60 dias para a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) da Prefeitura realizar um levantamento minucioso sobre as famílias que recebem o auxílio aluguel, traçando o perfil de cada uma das famílias e apresentar ao Ministério Público. Segundo o promotor Valberto Lira, a medida visa evitar que pessoas sem a verdadeira necessidade recebam o benefício.
De acordo com Valberto Lira, a Sedes informou que, das pessoas despejadas da Vila Gravatá que foram relacionadas para o auxilio, umas não moravam mais em João Pessoa e outras não estão mais no local mas em casa de familiares.
O promotor disse que a Sedes deve manter contato com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano sobre a possibilidade de coparticipação no auxílio aluguel aquelas famílias que forem classificadas como necessitadas.
“Oficiei também à Sedes requisitando a relação de todos os beneficiários do programa para, em seguida, determinar um acompanhamento mensal ou bimensal, buscando se evitar o que já ocorreu anteriormente quando alguém se dizendo representante de um movimento popular pela moradia ficou incumbido de receber o auxílio da Prefeitura e pagar os aluguéis, terminou por deixar de pagar aos proprietários, sendo, inclusive, requisitado a instauração de inquérito policial contra esse cidadão. Não podemos permitir que uns poucos se aproveitem da miséria dos outros para ganhar dinheiro, principalmente do Poder Público”, concluiu o promotor.