Dois promotores de justiça do Ministério Público da Paraíba (MPPB) se averbaram suspeitos de emitir parecer sobre o pedido de prisão preventiva do médico pediatra Fernando Cunha Lima, suspeito de vários estupros de vulneráveis nas suas quatro décadas de atuação como profissional de saúde. O processo deve ser agora redistribuído para um terceiro promotor, ainda sem definição sobre quando isso vai acontecer.
O promotor de justiça Arlan Costa Barbosa foi o primeiro a se declarar suspeito. O processo foi, então, encaminhado para o seu substituto direto, Alexandre Jorge Nóbrega, que também se declarou suspeito. Eles alegaram razões de foro íntimo.
O pedido de prisão preventiva contra o pediatra foi apresentado à Justiça no dia 8 e somente após parecer do MPPB é que a Justiça decidirá sobre o pedido de prisão preventiva.
Até agora, seis mulheres já apresentaram denúncias de abusos contra Fernando Cunha Lima. São três mães de pacientes do pediatra, incluindo a mãe da menina de 9 anos que fez a primeira acusação formal, e duas sobrinhas dele.
De acordo com os relatos feitos à polícia, o médico costumava agir no consultório, durante atendimentos e exames de rotina, com a mãe da vítima presente ao local, mas aproveitando algum momento de distração.