O promotor Valério Bronzeado solicitou ao procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, a designação de uma força-tarefa para investigar supostas irregularidades cometidas pelo prefeito de Cabedelo, José Régis. Conforme o promotor, várias denúncias de má gestão e de improbidade com relação à compra de materiais foram registradas neste ano.
Valério Bronzeado informou que se reuniu com o procurador-geral de Justiça na última quinta-feira, dia 4. “Falei com ele e ele disse que ia formar uma comissão e atender o pedido”, informou. “O objetivo é fazer um mutirão com imparcialidade e isenção para agilizar a apuração das inúmeras denúncias que, de forma atípica, têm chegado à Promotoria de Cabedelo”, salientou o promotor.
Segundo o promotor, após a Operação Transparência, realizada no final do ano passado, foram instaurados 32 inquéritos civis para apurar a participação de empresas fictícias em licitações. Além disso, no mês passado, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) teria apontado várias irregularidades nas contas apresentadas por José Régis referentes ao exercício de 2008.
“O TCE mandou o prefeito devolver R$ 603.454,86 através do Acórdão APL TC n.º 120/210 no processo n.º 010/2010 onde são apontados vários atos de improbidade, como superfaturamentos, desvios e dispensa indevida de licitações e outros”, salientou.
O prefeito de Cabedelo rebateu as acusações e disse que não entende o motivo pelo qual o promotor estaria querendo a formação de uma força-tarefa. Segundo ele, o Tribunal de Contas teria rejeitado apenas alguns pontos da defesa apresentada por ele.
“O tribunal ainda não nos encaminhou a decisão. Fiquei sabendo que alguns pontos da defesa tinham sido negados através da imprensa. Assim que fomos comunicados da decisão, vamos entrar na Justiça e provar que estamos corretos”, disse. “Não sei por que o promotor quer provocar uma força-tarefa em Cabedelo, será que foi somente Cabedelo que teve reprovação de contas? Não entendo esta comoção e vamos provar na Justiça que estamos corretos”, completou.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou entrar em contato com o procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, mas não obteve retorno.
Jornal da Paraíba