João Pessoa (PB), 30 de outubro de 2020 – Produtores da zona rural paraibana se mobilizaram em mutirão para instalação de 100 silos de suporte forrageiro para o gado leiteiro em Barra de Santana (a 169km da capital). A iniciativa, que deve garantir o alimento dos animais nos períodos de estiagem em toda a região, é resultado da mobilização da cadeia produtiva da bovinocultura leiteira no Cariri Oriental Paraibano, conduzida pelo Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), do Banco do Nordeste.
Nesse período de pandemia, o Prodeter vem conduzindo reuniões virtuais para encontrar soluções e alavancar a economia de territórios mapeados no Estado. A instalação dos silos e feno é mais um resultado dos encontros e ocorreu nas comunidades rurais de Serrinha, Pedra D’agua, Curimatã, Salinas, Lagoa do Boi, Torres, Caboclo, Bela Vista e Pedro Paz. No total, foram armazenadas 800 toneladas de compostos de capim de corte, sorgo, palhas de milho e capim nativos, além de outros materiais secos e protéicos, que servem de suplemento alimentar para as vacas de leite. Além do grupo gestor do Fórum de Desenvolvimento Territorial do Cariri Paraibano, a iniciativa contou com a participação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e da Associação dos Produtores de Leite de Barra de Santana.
O agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, Nicodemos Barbosa da Silva, participa da cadeia produtiva da bovinocultura leiteira pelo Prodeter e explica a necessidade de busca de alternativas de convivência com a seca, incluindo o cenário que pandemia trouxe para a economia. “O ano trouxe desafios aos produtores e os alertou para a necessidade de estarem preparados para produção de leite em qualquer cenário. A partir das discussões no fórum e considerando o Plano de Ação Territorial do Prodeter, o suporte forrageiro foi elencado como ação prioritária e por isso houve esse estímulo dos produtores para a construção de silos e feno em toda área rural”, destacou o agente.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Paulo Medeiros, ressalta o trabalho de silagem feito pelos próprios agricultores familiares produtores de leite, com redução de custos de mão de obra e visando garantir as atividades dos produtores. “Nós realizamos esse mutirão e guardamos alimentos até o fim do ano, que são considerados difíceis. Vamos buscar mais alimentos para que o gado possa manter a produção de leite”, destacou Paulo Medeiros.