Vestidas de preto, dezenas de professoras municipais de Patos, em campanha salarial, saíram às ruas para comemorar o Dia Internacional da Mulher, e ao mesmo tempo solicitar o atendimento das reivindicações da categoria no tocante ao aumento salarial de 15% retroativo a 1º de janeiro de 2013, aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários para o Magistério, ampliação da licença-maternidade de 4 para 6 meses, construção do conjunto habitacional, dentre outras reivindicações.
A concentração do movimento aconteceu pela manhã na sede do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região, localizado na Praça Edivaldo Motta, 63, centro, onde as manifestantes saíram em caminhada até a Praça Getúlio Vargas.
Inicialmente a presidente do SINFEMP e da Federação dos Trabalhadores Públicos Municipais da Paraíba, Carminha Soares, foi impedida de falar no carro de som pela Secretária da Mulher de Patos, Joana Darc, com argumento falso de que os professores estavam lutando por aumento salarial e enquanto secretária não permitiria que o assunto fosse tratado.
Depois da denúncia da sindicalista a dezenas de professores que estavam na caminhada, o fato chegou ao conhecimento da presidente da Associação de Apoio a Mulher Patoense, Francisca Vasconcelos e a sindicalista teve direito de falar. Ela acusou a secretária de agir de forma preconceituosa, discriminatória e antidemocrática.
A prefeita Francisca Motta, que estava participando da caminhada, elogiou a luta das mulheres, destacando o papel das professoras e do sindicato na luta por melhores condições de trabalho e de salários. “Acho natural a luta das mulheres pelos seus direitos e estou analisando a situação para ver a possibilidade de atender as reivindicações da categoria”, destacou.
Na próxima semana, o SINFEMP vai convocar uma reunião com todas as entidades para avaliar a participação nas atividades do dia 8 de março e ao mesmo tempo redigir uma nota de repúdio à posição da secretária da Mulher de Patos, Joana Darc.
A sindicalista também é representante da entidade no Conselho da Mulher de Patos e levará a discussão a esse fórum para avaliar o comportamento hostil às mulheres que se dedicam às causas trabalhistas.