O presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, disse hoje durante entrevista ao Tambaú Debate da Nova Tambaú FM que o empréstimo de R$ 150 milhões solicitado pela companhia à Caixa Econômica Federal em março deste ano deve ser finalmente liberado até o fim deste mês. Segundo ele, o entrave existente no Conselho Monetário Nacional (uma resolução não previa empréstimo de estatais com o aval do Estado, mas apenas com as garantias da própria solicitante) foi superado e a burocracia interna da CEF estaria prestes a ser vencida para que o dinheiro aporte nas contas da Cagepa.
Os valores, contudo, serão utilizados para pagamento de dívidas e não representarão investimentos nos serviços. O presidente acrescentou que as dificuldades financeiras da companhia residem em vários fatores, dentre os quais a arrecadação mensal, de R$ 40 milhões, para uma estimativa de despesas R$ 10 milhões superior.
– Precisaríamos arrecadar R$ 50 milhões mensais, mas só conseguimos R$ 40 milhões. O que falta é bancado pelo Governo do Estado. A tarifa mínima dos consumidores, de R$ 22, deveria ser pelo menos R$ 27 para que a conta fechasse. Além disso, temos problemas na gestão de pessoal e não podemos, por exemplo, terceirizar leituristas e pessoal de manutenção. Há 84 aposentados que não podemos demitir porque a Justiça do Trabalho não permite.
Água – A respeito de várias críticas às falhas no abastecimento de água, o presidente da Cagepa não fez uma previsão otimista. Disse que a tendência é piorar, já que os mananciais não têm condições de atender à demanda:
– O verão está chegando e, infelizmente, não posso dizer que a falta de água vai melhorar. Vai piorar com a chegada do verão e só será resolvida com a inauguração, em março, da adutora Translitorânea. Atualmente, temos água, mas quando chega um determinado horário, o reservatório seca e a água não chega às residências.