O presidente estadual do PT, Jackson Macêdo, se disse surpreso e chamou de brusco o pedido de intervenção feito pela direção nacional do partido na executiva municipal em João Pessoa.
“Eu nunca defendi intervenção em instância partidária. É um processo muito brusco, um processo que deve ser levado somente nas últimas consequências, quando não há mais nenhuma forma de diálogo, conversa e convencimento político”, disse o petista.
Apesar disso, Macêdo ressaltou que a intervenção não é uma medida antidemocrática, uma vez que existe previsão no estatuto do PT, além de cita a hierarquia: a direção municipal é subordinada à direção nacional. “Quando existe uma infração e quebra essa hierarquia, uma instância superior pode entrar com um pedido de intervenção numa instância inferior”, disse, ressaltando que a intervenção não vai dissolver todo o diretório, uma vez que “é uma intervenção por um período. A direção nacional estipula um período, nomeia uma comissão interventora até encerrar o período que ela deliberar”.
Macêdo ressaltou que foi a executiva nacional do PT que por uma ampla maioria solicitou o pedido de intervenção e explicou como será o procedimento. “A direção municipal é intimada para no prazo de cinco dias apresentar sua defesa, e o diretório nacional, instância máxima do PT, composto por 81 membros de todo o país, vai julgar se aceita ou não o pedido de intervenção.”