O presidente estadual do PHS foi procurado pela reportagem do Parlamentopb para comentar as críticas dirigidas a ele pelo ex-candidato a prefeito de João Pessoa, José Rodrigues. Na entrevista, Júlio Cézar Viana rejeitou a pecha de sigla de aluguel levantada pelo professor e disse que a saída dele e de alguns correligionários se deu por causa de divergências pequenas com a condução do partido.
"Ele diz que eu sou autoritário, mas o episódio que fez ele querer sair do PHS foi apenas a vontade intransigente de realizar uma convenção num lugar que não estava previsto no edital de convocação. Eu disse que ele teria que cumprir o estatuto e realizar a convenção na Associação Paraibana de Imprensa. Ele respondeu que faria em qualquer lugar e, por isso, a convenção foi considerada nula", declarou Júlio.
A convenção que culminou no descontentamento de José Rodrigues com o PHS se deu no dia 15 de maio. Um dia depois, o presidente regional designou Alain Delon de Albuquerque para presidir a comissão provisória que substituiu o presidente eleito na convenção que foi anulada.
Viana negou que seu partido tenha comprometimento com os grupos políticos paraibanos: "A prova maior de nossa liberdade e independência é que José Rodrigues entrou no partido com o desiderato de ser candidato a prefeito. Nós cumprimos as imposições que ele fez para se filiar e levamos a candidatura dele adiante mesmo sabendo que não havia condição de vitória. Nós encampamos essa postulação porque entendemos que ela seria boa para o partido. Sofremos pressão tanto aqui quanto em Campina Grande para apoiar outros candidatos, mas não cedemos. O PHS é independente e não tem ligação com qualquer grupo político", declarou.
Segundo Júlio Cézar, o PHS fará um plebiscito para decidir qual será sua postura na eleição do ano que vem. Ele admite lançar uma candidatura própria, mas acrescenta que esse posicionamento será definido pelos filiados da legenda.