A diretora do Instituto do Patrimônio Histório e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), Cassandra Figueiredo, emitiu uma nota a respeito do embargo do Parque Ecológico do Sanhauá, liberado no sábado por determinação do governador João Azevedo (PSB). No documento, a gestora afirma que a atitude do Governo demonstra que não há intenção de prejudicar a realização do projeto.
“Com esse gesto o governador rechaça qualquer tipo de especulação que queiram dar a esse caso. Apelamos informalmente para que a prefeitura tenha cautela no trato com a coisa pública, respeitando as licenças necessárias para o prosseguimento de suas obras, algo imprescindível e básico para a realização de qualquer projeto que se queira realizar, disse Cassandra Figueiredo.
Confira a íntegra da nota:
“O governo do Estado está demonstrando que não há e nunca houve empecilho com relação a realização do projeto do Parque Ecológico Sanhauá, nem fomos arbitrários em proceder com embargo, tendo em vista que a prefeitura tem conhecimento das leis e sabe que no caso de realização de projetos em área tombada, se faz necessário ter a anuência dos órgãos responsáveis pela preservação dos bens culturais. Uma obra sem licenciamento é irregular, cabível portanto de medidas administrativas.
O governo do Estado não é contra construção de Parques , Praças ou qualquer obra que beneficie a população, muito pelo contrário, pois estamos empenhados em um projeto de governo que mais construiu e realizou obras de grande impacto na Paraíba, sempre dentro dos trâmites legais, respeitando e agindo coletivamente.
Com esse gesto o governador rechaça qualquer tipo de especulação que queiram dar a esse caso. Apelamos informalmente para que a prefeitura tenha cautela no trato com a coisa pública, respeitando as licenças necessárias para o prosseguimento de suas obras, algo imprescindível e básico para a realização de qualquer projeto que se queira realizar. Apelamos também para que a prefeitura tenha cautela com relação a postura impositiva e imediatista, essas sim arbitrárias, que não dialoga com a comunidade e impõe suas escolhas de intervenções na cidade, sem considerar os procedimentos administrativos, o olhar técnico para com o patrimônio cultural, identidade e principalmente, sem considerar o ser humano, para mim o nosso maior patrimônio.
O gestor que se propõe a cuidar da cidade deve ter sensibilidade, respeito com a dignidade humana, e deve nortear suas ações em beneficio de sua população, considerando fatores culturais, e desta forma, direcionar com zelo e cuidado sua gestão. “
03/06/2019
Cassandra Figueiredo