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Presidente da Polônia pede perdão aos judeus expulsos em 1968

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O presidente polonês Andrzej Duda pediu perdão nesta quinta-feira (8) aos judeus expulsos de seu país durante a campanha antissemita de 1968. “Perdoem, por favor, perdoem a República, os poloneses, a Polônia de então”, declarou Duda dirigindo-se aos judeus forçados ao exílio e suas famílias.

Ele enfatizou que “a Polônia livre e independente de hoje não é responsável” por este episódio.

O chefe de Estado pronunciou seu discurso no campus da Universidade de Varsóvia por ocasião do 50º aniversário da revolta estudantil de março de 1968, à qual se seguiu uma violenta campanha antissemita e o exílio de ao menos 12.000 judeus poloneses.

Duda recordou que os judeus poloneses participaram na luta pela independência do país há um século e a defenderam em 1920 contra os soviéticos e em 1939 contra os alemães.

Sua declaração acontece no contexto de uma polêmica lei sobre o Holocausto.

Em 6 de fevereiro, o presidente polonês assinou uma lei destinada a proteger a imagem do país no exterior, o que desencadeou uma forte tensão com Israel, Estados Unidos e Ucrânia.

A lei prevê penas de até três anos de prisão para as pessoas, incluindo estrangeiros, que acusarem a nação ou Estado poloneses por sua participação nos crimes de guerra da Alemanha nazista.

“É uma solução que, por um lado, preserva os interesses da Polônia, nossa dignidade e a verdade histórica, para que os julgamentos a nosso respeito no mundo sejam honestos, que se abstenham de nos difamar”, afirmou na ocasião.

Duda demandou ao Tribunal Constitucional que verifique sua conformidade com a lei fundamental no que concerne à liberdade de expressão, e sobre a imposição de penas de prisão aos que acusarem o país neste aspecto.

Esta lei colocou os conservadores nacionalistas, no poder, diante do dilema de não aprová-la e serem acusados de ter cedido às pressões estrangeiras, ou de votá-la e prejudicar as relações com os Estados Unidos e Israel.

Mas, para eles, é necessário banir expressões como “campos da morte poloneses”, utilizadas com frequência por políticos estrangeiros que, segundo eles, prejudicam a imagem de seu país.

“Esta lei é sem fundamento. Não podemos mudar a História, e o Holocausto não pode ser negado”, declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Dirigentes israelenses e de organizações judaicas internacionais enxergam esta lei como uma tentativa de negar a participação de certos poloneses no Holocausto e até de impedir que os sobreviventes possam contar sua experiência, algo que Varsóvia desmente.

Os Estados Unidos expressaram  sua decepção com um texto que prejudica a liberdade de expressão e o debate acadêmico”, segundo a chancelaria americana.

A Ucrânia também protestou, posto que a interpretação de uma passagem permitiria, por exemplo, acusar os que negam os crimes dos nacionalistas ucranianos cometidos entre 1925 e 1950, que incluíram vítimas polonesas em particular.

Seis milhões de poloneses, entre eles três milhões de judeus, morreram durante a Segunda Guerra Mundial.

Durante a ocupação, a Polônia foi o único território no qual os alemães decretaram que qualquer tipo de ajuda para os judeus poderia ser castigada com a morte.

Jornal do Brasil

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