A primeira-ministra britânica Theresa May disse nesta segunda-feira (12) que é “altamente provável” que a Rússia seja responsável pelo ataque ao ex-espião russo no dia 4 de março na Inglaterra. May deu um dia para a Rússia esclarecer o caso. O chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a afirmação de May é um “show de circo”.
Ou o Estado russo foi diretamente responsável pelo envenenamento, ou permitiu que um agente nervoso chegasse às mãos de outros, disse May ao Parlamento britânico. Também disse que o embaixador da Rússia em Londres deveria ser convocado para explicar o caso ao secretário britânico de Relações Exteriores, Boris Johnson.
Sergei Skripal, ex-coronel do serviço de inteligência russo, e sua filha Yulia, de 33 anos, foram contaminados por um agente nervoso na cidade britânica de Salisbury. Eles foram encontrados inconscientes em um banco da catedral da cidade e foram levados ao hospital, onde estão internados em estado crítico. O caso está sendo tratado como tentativa de homicídio por agentes nervosos.
Skripal traiu dezenas de agentes russos para a inteligência britânica antes de ser preso, em Moscou, em 2004. Ele foi sentenciado a 13 anos de prisão, em 2006, e em 2010 recebeu refúgio do Reino Unido, após ser trocado por espiões russos.
Um policial britânico que foi um dos primeiros a atender Skripal também foi afetado pelo agente nervoso. Ele está consciente, em situação séria, mas estável, de acordo com a polícia.
O Kremlin negou envolvimento no incidente e acusou a imprensa britânica, que já havia especulado sobre o papel do país de Putin, de histeria anti-Rússia.
‘Não é problema da Rússia’, diz Kremlin
Mais cedo nesta segunda, o presidente russo Vladimir Putin pediu ao governo de Londres que esclareça o envenenamento.
Indagado pela BBC sobre uma eventual responsabilidade da Rússia no envenenamento, Putin teria respondido, segundo as agências russas: “Esclareçam as coisas de seu lado, e depois falaremos com vocês”.
Pouco antes, o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov afirmou que o envenenamento “não é problema da Rússia”.
Pouco antes, o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov afirmou que o envenenamento “não é problema da Rússia”.
G1