Estima-se em R$ 9 milhões o prejuízo causado aos cofres público, no período de janeiro de 2018 a maio de 2019, com o desvio de recursos públicos em concessões irregulares de terras e créditos nos projetos de assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Paraíba.
Durante entrevista na sede da PF nesta quarta-feira (13), o delegado Vitor Moraes, responsável pela investigação, disse que 90% dos processos de concessão de lotes de terra, em assentamentos, que passaram por um dos investigados estariam direcionados para pessoas próximas aos alvos da operação de hoje e outras que não preenchiam os requisitos legais.
A Polícia Federal na Paraíba deflagrou hoje de manhã, em conjunto com a Controladoria Geral da União e Ministério Público Federal da Paraíba, a Operação “Amigos do Rei”, com objetivo de combater o desvio de recursos públicos diante de concessões irregulares de parcelas de terras nos Projetos de Assentamento do INCRA no Estado da Paraíba.
Um dos mandados teve como alvo o ex-superintendente adjunto Wilson Chaves. Ele foi afastado do cargo junto com o chefe substituto da divisão de desenvolvimento do Incra, Gilberto Ferreira dos Santos. Vitória Edna Ferreira de Lima, representante de um assentamento também está sendo investigada.
A operação contou com a participação de 60 Policiais Federais, sendo realizado o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, bem como no INCRA/PB.
A justiça federal decretou, ainda, o bloqueio de mais de R$ 148 mil das contas dos investigados.
As ordens foram expedidas pela 16ª Vara da Justiça Federal na Paraíba.
Segundo a PF, as investigações começaram a partir de uma denúncia anônima sobre o envolvimento de dois servidores na concessão irregular de lotes de terra, em assentamentos, beneficiando familiares e pessoas próximas e outras que não preenchiam os requisitos legais.