O prefeito de Cajazeiras, Carlos Rafael (PTB), desmentiu categoricamente a tese divulgada pelo deputado estadual Vituriano de Abreu (PSC) para explicar o surpreendente gesto do filho, Léo (PSB), de deixar a prefeitura e renunciar ao cargo no último dia 16. Ao contrário do que disse o pai do ex-gestor, segundo Carlos, não houve qualquer acordo pré-eleitoral prevendo a alternância de ambos no poder. O que teria feito Léo sair de cena foi a dificuldade encontrada para gerenciar o município.
– De fato, o acontecimento da renúncia de Léo Abreu foi atípico. Não é todo dia que isso acontece. Muitas especulações surgiram. Mas, eu posso dizer que não houve nenhum tipo de acordo. Eu não concordo que esse tipo de acordo deva ser usado na política. É preciso ter respeito ao cidadão e à cidadã que votam. Não existiu qualquer acordo de divisão de mandato. O que houve foram as dificuldades enfrentadas por Léo, que decidiu renunciar. Eu estava disposto para assumir o cargo e assim o fiz. Eu relutei quando fui convidado para ser candidato a vice-prefeito porque tinha mais autonomia como vereador. Mas, conseguimos vencer.
Carlos Rafael também falou sobre a espécie de relacionamento político que espera ter com o governador Ricardo Coutinho e adiantou já ter solicitado uma audiência com o chefe do executivo estadual:
– Espero manter de uma forma clara e transparente uma relação administrativa com o governador Ricardo Coutinho. Quero falar por Cajazeiras e que o governador leve os investimentos para o município. Já pedi uma audiência porque estamos pensando na administração municipal e queremos parcerias, sem as quais eu não conseguirei administrar minha cidade. Vou atrás de parcerias com o governo federal e estadual. Já fiz um gesto para manter diálogo com o governador.