O prefeito de Cabedelo, Vítor Hugo, fez um desabafo neste sábado, 28, depois que o município recebeu orientação do Ministério da Saúde para parar de imunizar moradores abaixo de 18 anos sem comorbidades. A determinação partiu de uma avaliação técnica do Ministério da Saúde, que orientou reservar as vacinas que sobrarem após a conclusão das atuais fases da campanha para a aplicação da terceira dose em pessoas acima de 70 anos que receberam a segunda dose há mais de seis meses, e imunosuprimidos após 28 dias da 2a dose ou dose única da Janssen.
“Isso me deixou triste, desapontado e desanimado. Dá desânimo. Cabedelo não tem privilégios nem recebe mais vacinas que os outros municípios. Pelo contrário. A forma de distribuição de vacinas pelo Estado é excelente, é um percentual igual para todos. Municípios com mais moradores recebem mais vacinas, mas o percentual é o mesmo. Cabedelo consegue extrair de cada frasco de vacina, seis doses, quando muitos só conseguem extrair cinco. Em Cabedelo, como em todo o Brasil, muita gente não quer tomar vacina de jeito nenhum e não podemos obrigá-las. Com isso, sobram doses em nossos estoques. Com essas sobras, fomos avançando, buscando o objetivo de salvar vidas. Estava previsto no Plano Nacional de Imunização que poderíamos ir descendo para jovens de 12 até 18 anos sem comorbidades, contanto que a vacina apropriada para isso é a da Pfizer”, declarou o prefeito.
Ele garantiu que concorda com a aplicação da dose de reforço em idosos e imunossuprimidos como foi anunciado esta semana pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Essa fase da campanha de vacinação contra a Covid-19 que será iniciada em setembro é classificada como importantíssima por Vítor Hugo.
“Por que parar a vacinação em Cabedelo se temos sobras de vacinas que podem salvar vidas de jovens de 12, 13 e 14 anos? será que não podemos fazer isso? É muito difícil aceitar o que está acontecendo! É muito triste!”, resumiu o prefeito de Cabedelo.
Confira a íntegra do desabafo do gestor: