Comovido com a chacina que resultou na morte de cinco pessoas da mesma família, inclusive de uma mulher grávida de gêmeos, o prefeito de João Pessoa Ricardo Coutinho (PSB) cancelou seus compromissos administrativos na tarde desta sexta-feira (10) para comparecer ao enterro das vítimas. Pela manhã, ele já havia estado no velório.
A Prefeitura Municipal doou os caixões e esteve, durante todo o velório e sepultamento das vítimas, dando apoio com a Guarda Municipal, agentes da Sttrans e equipes do Samu. O Conselho Tutelar região sudeste está oferecendo atenção psicológica para os irmãos que sobreviveram. Na Escola Municipal Leonidas Santiago, onde estudam os dois filhos sobreviventes e a criança de 10 anos, foi decretado luto e as aulas só deverão retornar na próxima segunda-feira (13).
O prefeito chegou ao ginásio da Escola Municipal Dumerval Trigueiro, no bairro do Rangel, acompanhado de alguns secretários. Bastante consternado com o crime, ele cumprimentou os familiares das vítimas e falou com os dois filhos que sobreviveram ao massacre: uma garota de 12 anos, que não estava em casa, e um menino de 11, que se escondeu embaixo da cama para fugir dos assassinos.
“Me senti estupefato com a notícia do crime e me perguntei como as pessoas são capazes das piores coisas. Esse não pode ser o caminho da sociedade, resolver as diferenças a bala, com as próprias mãos. Tem que haver diálogo entre as pessoas. Nós precisamos pregar a cultura de paz nas escolas, nas ruas, na vizinha, para que casos como esses não se tornem frequentes e as pessoas começarem a achar que isso é normal”, argumentou Ricardo Coutinho.
O prefeito Ricardo Coutinho acompanhou o cortejo fúnebre até o cemitério do Cristo, onde os corpos foram sepultados. Morreram na tragédia Moisés Soares Santos, de 33 anos, a esposa Divanisa Lima, de 37 anos e os filhos Raissa, de 2 anos, Rai de 4, e Raquel dos Santos Soares, de 10 anos.