A equipe da delegacia de Roubos e Furtos de João Pessoa chegou ao cárcere privado em que era mantido o ex-combatente José Lacerda, 80 anos, por um casal que já se encontra detido na Central de Polícia. Os acusados são Rogério Azevedo Peres, 44 anos, carioca, residente em no Bairro de Mangabeira, e Lucicléia Limeira de Sousa, 20 anos, conhecida por Cleinha, natural do município paraibano de Ibiara.
Rogério Peres portava identidade falsa com o nome de Paulo Rogério Capitulino da Silva e estava de posse de revólveres e pistolas, todas importadas e de propriedade da vítima que tinha os portes legalizados, segundo informou ao delegado Francisco Assis da Silva, titular da Roubos e Furtos.
A polícia foi informada pela gerência de um banco que a vítima ao fazer uma transação bancária deixou um bilhete com a expressão “estou sequestrado”. Como se tratava de um cliente antigo e bem relacionado, bilhete foi entregue às autoridades, que determinaram uma investigação para checar a veracidade da informação. A determinação foi repassada à Roubos a Furtos.
Após 15 dias de investigação, o delegado Francisco Assis e os agentes Luís Márcio, Leonardo Bezerra, Milton Luís, Marcos Figueiredo e José Rodrigues prenderam a dupla numa residência alugada para manter a vítima em cárcere privado, caracterizando sequestro mediante extorsão.
Eles foram localizados em um endereço comercial em Mangabeira e o aposentado na casa alugada na comunidade conhecida por "Iraque", em Mangabeira. O ex-combatente estava com uma doméstica que, segundo a polícia, recebia R$ 500 para tomar conta dele. Ele mantinha duas contas bancárias e sempre era levado por Rogério para fazer as transações.
A vítima revelou que já estava prisioneiro da dupla há 70 dias e sofria tortura psicológica e até ameaça de morte sob a mira das armas. A autoridade policial informou que o inquérito está sendo concluído e o casal se encontra no xadrez da Central de Polícia à disposição da Justiça.