Um grupo formado por 53 policiais federais chegou por volta das 5 horas de hoje ao município de Rio Tinto para deflagar uma operação que tem como objetivo apreender a arma utilizada para atirar contra o cacique potiguara Aníbal Cordeiro, vítima de um atentado à bala na aldeia Jaraguá, no dia 22 de março. Na ocasião, ele foi alvejado por quatro disparos efetuados por dois homens encapuzados, conforme autos do Inquérito Policial nº 220/2009.
Embora a operação seja de grandes proporções, a assessoria da Polícia Federal informou que o objetivo é encontrar a arma e, para isso, devem ser cumpridos sete mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz da 2ª Vara Federal da Paraíba.
Os agentes federais têm apoio da Polícia Militar, que designou 24 homens para a operação. Funcionários da Funai também participam.
Um dia depois do crime, as lideranças da Aldeia Jaraguá se reuniram com representantes da Polícia Federal para cobrar providências sobre o caso. Aníbal chegou a ter o pulmão perfurado e um projétil ficou alojado em seu maxilar.
O motivo apontado para o atentado, ocorrido um dia depois de Aníbal ser escolhido cacique da tribo, seria uma disputa por demarcação de terras, financiada por uma empresa interessada em se apropriar de parte da área destinada à aldeia. A usina teria instigado um outro grupo indígena a cometer o crime contra Aníbal.