A Superintendência da Polícia Federal na Paraíba concluiu 132 inquéritos e indiciou 142 pessoas por crimes eleitorais este ano na Paraíba. Os números foram apresentados em balanço divulgado ontem, contendo as a atuação da Delegacia de Defesa Institucional (Delinst), responsável pela coordenação das operações especiais da PF durante o período eleitoral, do qual resta ainda 71 inquéritos em andamento.
Segundo o delegado Derly Brasileiro, chefe da Delinst, após o processo eleitoral, foram instaurados mais de 40 inquéritos para apurar a prática de crime eleitoral, nos quais duas pessoas já foram indiciadas por cometimento de crimes contra a honra de candidatos que concorreram ao último pleito e todos eles tramitam protegidos pelo segredo de justiça.
“Apesar do grande número de inquéritos policiais eleitorais concluídos, ainda tramitam na Delinst 71 investigações eleitorais, referentes a ocorrências registradas na Grande João Pessoa que foram abertas para apurar indícios de irregularidade no pleito”, comentou, chamando a atenção que das 716 pessoas indiciadas por cometimento de crimes, a maioria dos indiciamentos ocorreu por conta de crimes eleitorais.
O delegado informou, também, que não foram contabilizados no balanço da PF a quantidade de inquéritos remetidos para a Justiça, instaurados mediante requisição judicial ou do Ministério Público Eleitoral.
Quanto ao andamento dos 71 inquéritos relativos às eleições deste ano, Derly afirmou que alguns desses inquéritos já estão em fase de conclusão, outros, ainda estão em andamento ou na espera do resultado de perícias e até mesmo da tomada de depoimento dos envolvidos. Como também, há que são arquivados devido à constatação de total improcedência da denúncia.
Segundo ele, já foram relatados e encaminhos para Justiça Eleitoral da Paraíba 132 inquéritos relativos às eleições de 2010, nos quais pediu o indiciamento de pelo menos 142 pessoas por suposta prática de crimes eleitorais.
O delegado voltou a criticar, no entanto, a falta de interesse no andamento da ação por parte até mesmo dos denunciantes de alguns casos, que depois que passou o período eleitoral mostraram total desinteresse na solução de determinados casos e até mesmo deixam de colaborar com a Justiça Eleitoral, chegando até a inviabilizar as investigações.
Correio da Paraíba