Diante da demora da presidente Dilma Rousseff (PT) em indicar o ex-governador José Maranhão (PMDB) a um cargo federal, os peemedebistas consideram a indefinição “normal”. O prefeito de Campina Grande Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), por exemplo, afirmou que em nada o fato inquieta a legenda. “Não inquieta o PMDB. Apenas imagino que aos olhos da presidente haja o reconhecimento à figura do ex-governador José Maranhão. Não é preciso que nós voltemos sempre a pontuar a importância para o quadro do PMDB que é o ex-governador”, afirmou Veneziano.
O prefeito de Campina Grande reforçou também o pensamento do partido segundo o qual Dilma deverá reconhecer o esforço da legenda nas últimas campanhas. “Não é possível que nós voltemos a tocar na mesma tecla do compromisso de lealdade que teve o PMDB junto ao PT nas eleições sucessivas de 2002, 2006 e 2010”, observou.
Apesar de falar na participação da sigla nas campanhas presidenciais, Veneziano garantiu que a legenda não fará exigências. “O PMDB, ao contrário do que alguns possam imaginar, não é um partido que impõe. Não vamos ficar fazendo exigências. Nós temos um nome e razões de sobra a defender esse nome por uma questão de justiça”, afirmou. “Afinal de contas, não é de desconhecer a qualificação que se dará ao governo (federal) com a presença do ex-governador José Maranhão nos seus quadros”, argumentou.
Ontem, o ex-governador José Maranhão chegou a negar à imprensa paraibana que tenha descartado a possibilidade de assumir um cargo federal no governo Dilma. O peemedebista ressaltou ao mesmo tempo que não estava “pedindo emprego”, mas sim disposto a assumir qualquer missão em prol da Paraíba.
Depois de ser vetado para a Caixa Econômica Federal e para o Banco do Brasil, o ex-governador, atualmente sem mandato, continua sem emplacar nenhuma função indicada pelo Palácio do Planalto. Além da possibilidade de assumir um cargo federal, ainda é sondada nos bastidores a alternativa de José Maranhão vir a ocupar a presidência do PMDB na Paraíba.
Jornal da Paraíba