A Secretaria Municipal de Saúde esclarece denúncias equivocadas feitas pelo deputado federal Romero Rodrigues que, por desconhecimento da real situação da saúde do município, denunciou que teria havido suspensão do envio dos recursos do Saúde da Família, Saúde Bucal e ACS (Agentes Comunitários de Saúde) para o município de Campina Grande por parte do Ministério da Saúde.
O que aconteceu, explica a gerente de Atenção Básica, Joelma Fernandes, é que um profissional médico contratado pela Prefeitura de Campina Grande, depois de gozar férias durante o mês de fevereiro, no dia 4 de março pediu o seu desligamento. O profissional somente poderia se cadastrar por um outro município a partir do dia 21 de março para que não houvesse inconsistência no SCNES (Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), como acabou acontecendo, uma vez que o fechamento do sistema acontece entre o dia 20 do mês anterior e o dia 20 do mês subsequente.
O que deve ter ocorrido é que o profissional pode ter se cadastrado por um outro município quando ele ainda estava vinculado a Campina Grande. “Se houve alguma irregularidade, foi do município onde ele foi contratado e Campina Grande acabou sendo prejudicada”, disse o diretor de Atenção à Saúde, Márcio Rocha. Mas ao contrário do que o deputado denunciou, mostrando desconhecimento sobre o funcionamento do sistema, é que houve a suspensão dos recursos referente apenas à equipe do Saúde da Família onde o profissional médico estava cadastrado, no valor de R$ 6.400.
A gerente de Atenção Básica do município também desconhece qualquer pedido de informação feito pelo deputado, que citou informações que teriam sido passadas por ela. Joelma disse que gostaria de esclarecer que as informações divulgadas por ele não são verídicas e em relação à falta de assistência médica para uma média de 40 mil pessoas, resultante da ausência de profissionais em algumas equipes do Saúde da Família, a informação também não corresponde à verdade, uma vez que, algumas unidades possuem duas equipes e no caso da ausência do médico em uma delas, a outra dará o suporte pelo menos em caráter emergencial enquanto um novo profissional não for contratado, o que já foi feito nas unidades de saúde do Pedregal, Catingueira e Galante.
Márcio Rocha também informa ao deputado que o incentivo financeiro do Ministério da Saúde para o Saúde da Família não tem sido suficiente para atrair profissionais para o programa, fato que vem sendo registrado em todo o país. O deputado federal pode contribuir com a melhoria da saúde do município sim, cobrando do governo do Estado, por exemplo, o imediato funcionamento do Hospital de Trauma e o repasse das verbas do Samu, que não são feitas desde o mês de janeiro.