Ao menos 18 pessoas foram presas em flagrante pela Polícia Federal e sete de oito mandados de prisão foram cumpridos dentro da Operação Lobos 2, desencadeada nesta sexta-feira (3) na Paraíba e em outros 19 estados e no Distrito Federal. A ação objetivou localizar e deter suspeitos de abuso sexual de crianças e de adolescentes e de produzir, divulgar e armazenar pornografia infantil. Segundo a PF, ao menos três vítimas foram resgatadas.
A PF informou não iria divulgar em quais locais foram efetuadas as prisões e resgates, alegando que, devido à gravidade dos crimes, poderia gerar danos a outras pessoas. Ao menos uma das prisões ocorreu no Espírito Santo.
Na Paraíba foi cumprido um mandado de busca.
Ao todo, para esta sexta, foram também emitidos 104 de busca e apreensão, distribuídos em 55 cidades de 20 estados(confira mais abaixo) e no Distrito Federal.
Em uma fase anterior da operação, não divulgada pelos investigadores na época, um homem apontado pela PF como um dos principais difusores de pornografia infantil do mundo foi preso, em 2019, no estado de São Paulo. O nome dele não foi informado pela Polícia Federal.
Esse homem era dono de cinco dos maiores fóruns do mundo sobre o tema, com páginas com sobre estupro de bebês, crianças ou com violência que eram acessadas por 1,8 milhão de pessoas, disse o delegado Renato Cintra.
“Ele [o alvo preso em 2019] era considerado uma lenda no submundo da deep web, ele se manifestava pouco mas todos eles, os milhões de usuários, sabiam que ele era o mantenedor da estrutura. Uma verdadeira lenda, se falava dele com muito respeito, inclusive”, declarou a delegada federal Cassiana Saad.
Todo o conteúdo ilícito era veiculado na dark web, uma parte da deep web, como é chamada área da internet que não pode ser acessada através de buscadores comuns. Os alvos dos mandados de prisão nesta sexta, segundo a PF, foram pessoas que montaram outros sites para manter a produção e compartilhamento de cenas de abuso sexual.
Coletiva da Polícia Federal sobre Operação Lobos 2, contra abuso sexual de crianças e produção e divulgação de pornografia infantil — Foto: Ivanildo Machado/TV Globo
Com G1PE