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Pedro pede reestruturação para carreira do professor na reforma da Previdência

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O deputado federal e presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Pedro Cunha Lima (PSDB), defendeu nesta terça-feira (25), durante debate na reunião da comissão especial da reforma da Previdência (PEC 6/19), que seja reestruturada a carreira do professor, assim como aconteceu com a dos militares. Pedro disse ser favorável a reforma, mas cobrou uma discussão sobre a carreira dos professores brasileiros. “É preciso tirarmos os professores do texto para que possamos garantir uma nova reestruturação da carreira”, disse.

Pela proposta em tramitação, professores receberão, ao se aposentar, 60% da média salarial mais 2% por ano de contribuição que exceder a 20 anos. Ou seja, com o tempo de contribuição mínimo de 30 anos, os professores se aposentarão recebendo 80% da média salarial. Para receber 100% da média salarial, será necessário trabalhar 40 anos. Haverá um processo de transição até a regra ser totalmente implementada.

Com base nas propostas da nova previdência, o deputado disse que o impacto fiscal da operação da reforma nos professores representa apenas 1%. “Com todo o respeito aos militares. O governo mandou uma reestruturação da carreira dos militares para tornar mais palatável a reformulação da previdência. Não tem como admitir que o governo também sinalize uma reestruturação da carreira do professor”, disse.

Para Pedro, o crescimento do PIB que não tem como meta fazer com que o Brasil seja um País mais justo, não serve. “O que a gente quer não é apenas recuperar o Brasil. A gente quer gerar emprego para aquelas famílias que precisam chegar ao final do mês e fazer a feira. O que a gente quer é que uma criança de 8 anos tenha a oportunidade de aprender a ler”, afirmou.

Durante a defesa pela carreira do professor, Pedro fez um apelo para que se tenha um olhar mais de cima e se compreenda que o caso específico do professor precisa ter um visão diferenciada. De acordo com ele, a Comissão de Educação aprovou uma moção de apoio aos professores nesse tema da reforma, à unanimidade, e isso inclui deputados de partidos que fazem parte da base do governo.

Pedro sugeriu ainda que se pode reestruturar a carreira, fazendo uma avaliação do professor. “Eu não estou dizendo que a gente tem que só ceder a um ambiente que preciosa ser melhor, mas nós temos que cobrar também. Sempre que eu reivindico um salário maior do professor, eu trago uma exigência de cobrar mais. Temos que ter um olhar muito mais moderno em relação a carreira de um professor”, destacou.

O deputado disse que é preciso levar até o professor essa mensagem de que o País vai tratá-lo diferente. “Nós temos que tomar atitudes para mostrar que essa história de que não vale a pena ser professor no Brasil vai mudar. Enquanto não acordarmos para isso, não teremos um resultado econômico satisfatório porque o nosso principal recurso é o capital humano e a última avaliação nacional de alfabetização traz o deplorável dado de que 55% das nossas crianças com 8 anos de idade não conseguem ler adequadamente”, frisou.

Pedro encerrou a defesa lembrando o ex-senador Cristovam Buarque. “Deixo aqui o meu apelo com uma frase do senador Cristovam Buarque de que ‘se o analfabetismo fosse contagioso, esse problema já estaria resolvido no Brasil’. A gente não vai ter uma mudança de Brasil se não olhar de maneira diferente para a professora e o professor do nosso País”, disse.

Dados – Atualmente, apenas 3,3% dos estudantes brasileiros de 15 anos querem ser professores. Quando se trata daqueles que querem ser professores em escolas, na educação básica, que vai do ensino infantil ao ensino médio, esse percentual cai para 2,4%, de acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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