Repercutiu muito positivamente, e não só junto aos próprios motoristas do transporte coletivo urbano, o comentário do apresentador do telejornal Bom Dia Paraíba, da TV Cabo Branco, Pedro Canísio, na edição da recente quarta feira, 2 de junho.
Logo após fazer a leitura de uma mensagem enviada por um telespectador que reclamava ter muitas pessoas viajando sem máscara nos ônibus e que “os motoristas não fazem nada”, ele, Pedro Canísio, parecendo expressar-se de improviso, ou seja, sem leitura de texto mostrado no “teleprompter”, comentou: – “O coitado do motorista não tem culpa nenhuma nisso, não!”.
Pedro Canísio também enfatizou: – “Se ele, o motorista, for pedir para alguém usar a máscara, pode até sofrer uma agressão, uma reação intempestiva, pois, hoje em dia as pessoas estão muito reativas”. E o apresentador do Bom Dia Paraíba concluiu: – “A questão é muito difícil para o motorista e ele fica em situação bem delicada”.
Com outras palavras – e ao apresentador do Bom Dia Paraíba não caberia explicitar seu entendimento – Pedro Canísio chamou a atenção de que está faltando uma maior conscientização ou mesmo educação por parte de algumas pessoas no relacionamento social, esquecendo ou não querendo aceitar que sobretudo em um tempo como este, de pandemia, o mínimo exigível, de uns para com os outros, é o respeito, o que corresponde, também, ao cumprimento das normas governamentais em vigor. Não havendo esta assimilação, só mesmo efetiva fiscalização, por parte de órgãos públicos, com poder de polícia, para tentar (tentar, repito) evitar que essas algumas (ou muitas?!…) pessoas estejam adentrando e viajando em um ônibus do transporte coletivo urbano sem uso de máscara!
E como todos estamos conscientes quanto a essa falta de cultura ou de educação para que nossas cidades – não só João Pessoa – contem com os ônibus do transporte coletivo urbano com todos seus passageiros fazendo o devido uso da máscara, impõe-se que sejam realizadas, por parte dos órgãos municipais e estaduais, tanto os responsáveis pela área de transporte quanto especialmente a da saúde, campanhas sociais de ampla abrangência, utilizando todo tipo de mídia, com o objetivo de criar-se, junto à população, uma cultura caracterizadora desse respeito.
De igual modo seria – ou melhor, é – que os comunicadores, tantos quantos houverem com esse bom senso de Pedro Canísio, também manifestem, através de seus veículos, esse entendimento de que não cabe aos motoristas dos ônibus do transporte coletivo urbano a fiscalização e consequente enfrentamento direto com os passageiros para deles exigir o uso da máscara. Isto é missão de órgão público e não de empresas privadas, mesmo que concessionárias de serviço público.